5 Out – 12 Dez 2016
Trienal de Arquitectura de Lisboa / 5 Out – 11 Dez 2016
5.10 – 11.12 2016

Cafetaria Phoi-Cavalo

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8 Out – 10 Dez
Terça-feira a sábado
12:00 – 20:00
Sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa
Campo de Santa Clara 145, Lisboa

Phoi-Cavalo é a nova cafetaria residente na Sede da Trienal que marca o regresso do Chef Hugo Brito a esta casa.

Os Pho (sopas), Banh Mi (sanduíches) e gelado baseiam-se em pratos tradicionais de street food vietnamita com uma adaptação típica do Boi-Cavalo. Fiel à tradição vietnamita de street food, procura-se estimular esta característica no espaço da Trienal, no transporte dos pratos para o exterior ou até para casa. Esta cafetaria pop-up estará aberta a todos até 10 de Dezembro.

A Phoi-Cavalo aposta em parcerias com empresas de produção artesanal: os gelados são feitos com o café da Cláudio Corallo e a cerveja artesanal é a lisboeta Dois Corvos.

Toda a produção é própria (à excepção do pão para a sanduíche, impossível de produzir neste contexto). Quer a massa no pho, quer os pickles, quer os caldos serão confeccionados diariamente para assegurar a máxima qualidade e frescura de cada ingrediente.

A ementa Phoi-Cavalo:
Pho grande 6.00€/ pequeno 4.00€
Novilho maturado, Bacalhau ou Vegan

Bahn mi 5.00€
Sanduíche vietnamita com lombo de porco, paté e pickles

Gelado soft serve de café e cardamomo, com toppings de arroz selvagem tufado e caramelo de romã 2.50€

Cerveja Dois Corvos Pilsener (produção limitada, exclusiva) 1.50€
Chá gelado 1.00€

 

Self-service:
Os funcionários, ambos cozinheiros, entregam a sopa, sanduíche ou bebida ao cliente e recebem o pagamento. Tudo o resto, a recolha de guardanapos, a escolha do utensílio com que comer, das guarnições frescas ou, inclusive, a recolha do gelado são da responsabilidade do cliente. Todas as sopas podem ser servidas, alternativamente, com massa sem glúten (esta sim de produção industrial).

Oferece ainda a possibilidade de se realizarem workshops, sob marcação, planeados com a devida antecedência.
Todos os recipientes, guardanapos ou utensílios são produzidos em material biodegradável. Não há pagamento por multibanco ou cartão de crédito.
Quaisquer jantares com outros tipo de características, serão produzidos e fornecidos pelo Boi-Cavalo.

 

Saiba como tudo começou:
O regresso do filho pródigo

O Boi-Cavalo nasceu na Trienal de Arquitectura de Lisboa em 2013. Não completamente formado, como Atena, mas pertinho. Foi na cafetaria da última edição da Trienal que foram ensaiadas muitas das características que definem, e sempre definiram o Boi-Cavalo; a ementa em constante renovação, uma ideia de cozinha da cidade de Lisboa extremamente porosa às influências das muitas comunidades que a habitam, a abertura quase total da cozinha aos visitantes, o casamento algumas vezes tenso entre uma cozinha de autor e um contexto de extrema, intencional descontração (e música de jeito a tocar, já agora…).
Dilecto como é, o Boi-Cavalo quer regressar à casa que o viu nascer com uma ideia mais simples, mas igualmente peregrina: Nós, que somos cozinheiros, adoramos Pho, a sopa vietnamita onde massa impecavelmente cozinhada nada num caldo fragrante, acompanhada por finas fatias de carne e muitas ervas frescas.
Para grande desgosto nosso, que tivemos a sorte de viajar um bocadito e provar esta maravilha, em Lisboa não há Pho. Ou há, mas péssimo, porque não existe uma comunidade vietnamita que o cozinhe e coma, e, por isso, o que há é uma palidíssima reprodução, que envergonha uma das melhores comidas de rua que dois tostões podem comprar.
Isto não é aceitável. Uma pessoa pode ter que se meter num avião para Paris ou Londres só porque lhe apetece uma sopinha com massa. E nós, Lisboetas, também merecemos esta vantagem das grandes diásporas do milénio. Schengen=Pho, senão what’s the point?
Já que não há comunidade vietnamita, inventamo-la. O cozinheiro é um fingidor, e o Boi-Cavalo, que anda sempre a tentar forçar matrimónios entre ingredientes e técnicas portuguesas e outras, emigrados mais ou menos recentemente para a nossa cidade, não vai deixar que uma minúcia como essa o detenha. Faça-se o Pho, portanto.

Hugo Brito, chef