Sines: Núcleo Urbano, Indústria e estrutura portuária
Tendo o território de Sines como ponto de partida, os curadores propõem um exercício que poderá ser visto na fronteira entre transformação poética e experiência política.
Num contexto dominado por infra-estruturas de grande porte, como se pode pensar em usos partilhados e nos espaços de fronteira entre cidade e linha de costa?
Como é que a arquitectura pode intervir na mecânica produtiva das infra-estruturas logísticas? Como ocupar e transformar espaços administrados por critérios estritamente funcionais e de segurança aliados a princípios de máxima rentabilidade?
O concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp lança um exercício de reflexão para escolas de arquitectura de norte a sul do país. Um exercício que visa integrar o aproveitamento de recursos existentes, o potencial programático do lugar, as relações e contextos que superam a escala do próprio território e tempo demonstrando a capacidade transformadora da arquitectura. Desenvolver-se-á ao longo do primeiro semestre do ano lectivo 2015-2016.
Este concurso tem como ambição fazer um ponto de situação das competências e qualidades do ensino da arquitectura em Portugal tendo sido convidadas a participar dezoito escolas. Está prevista a atribuição de um primeiro prémio de 1500€ e de (até) 2 menções honrosas no valor de 500€ cada uma.
O concurso de 2016 resultou em 56 candidaturas, avaliadas pelo seguinte júri:
André Tavares (Curador geral, com Diogo Seixas Lopes, da 4ª edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa),
José Carlos Varela Lima (Arquitecto em representação da Administração do Porto de Sines),
Marta Labastida (Comissária do Concurso Universidades),
Nuno Mascarenhas, (Presidente da C.M. de Sines),
Paulo David (Arquitecto convidado em representação da Trienal de Lisboa e do Millennium bcp),
Ricardo Pereira (Arquitecto em representação da Câmara Municipal de Sines),
Rui Mendes (Comissário do Concurso Universidades).
Proposta vencedora:
A Terceira Água, da autoria de Flora di Martino, Rita Martins e Saule Grybenaite, da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto foi a obra que levantou as questões mais relevantes e melhor representou as principais tendências das estratégias de resposta à problemática territorial de Sines: a conjugação de um núcleo urbano, indústria e estrutura portuária.
Menções honrosas:
De Encontro ao Mar, de Carolina Dias e Cristina Silva, da Escola de Artes da Universidade de Évora e Atlas de Sines da autoria de Anna Villa, Beatriz Morgado, Constança Lino, João Costa, Luca Salermo, Marco Meggiato, Marina Vismara, Paulo César e Vera Cunha, da Universidade Autónoma de Lisboa.
A 8 de Outubro de 2016 inaugura a exposição Sines: Logística à Beira-Mar, na sede da Trienal de Lisboa, com uma selecção de 20 trabalhos deste concurso.