18:30
#2 Human Entities 2025: Fred Cummins
#2 Human Entities 2025: Fred Cummins
‘P: O que é partilhar tempo? R: OM?’
A linguagem é, na sua própria estrutura, dualista, e isso conduz-nos repetidamente às mesmas divisões polarizadoras de sujeito/objecto, mente/corpo, mental/físico, que podem desesperar as tentativas de ver, para além das distinções que traçamos na linguagem, o seu fundamento contínuo e real. Tentarei animar este velho tema através da consideração do corpo usando um truque retirado do Taittirīya Upanishad, no qual o corpo (e o seu complemento, o seu mundo) é considerado numa sequência de três passos associados aos órgãos do coração, dos pulmões e do cérebro, respectivamente. Podemos chamar a este exercício Meditação do Coração.
Fred Cummins tem trabalhado como cientista cognitivo na área da cognição incorporada, e foneticista, procurando formas de nos compreendermos como estando baseados nos nossos corpos (não nos cérebros!). Desenvolveu o estudo do discurso conjunto (Joint Speech), que acontece sempre que várias pessoas emitem os mesmos sons ao mesmo tempo.

‘P: O que é partilhar tempo? R: OM?’
A linguagem é, na sua própria estrutura, dualista, e isso conduz-nos repetidamente às mesmas divisões polarizadoras de sujeito/objecto, mente/corpo, mental/físico, que podem desesperar as tentativas de ver, para além das distinções que traçamos na linguagem, o seu fundamento contínuo e real. Tentarei animar este velho tema através da consideração do corpo usando um truque retirado do Taittirīya Upanishad, no qual o corpo (e o seu complemento, o seu mundo) é considerado numa sequência de três passos associados aos órgãos do coração, dos pulmões e do cérebro, respectivamente. Podemos chamar a este exercício Meditação do Coração.
Fred Cummins tem trabalhado como cientista cognitivo na área da cognição incorporada, e foneticista, procurando formas de nos compreendermos como estando baseados nos nossos corpos (não nos cérebros!). Desenvolveu o estudo do discurso conjunto (Joint Speech), que acontece sempre que várias pessoas emitem os mesmos sons ao mesmo tempo.

18:30
#3 Human Entities 2025: Caroline Busta
#3 Human Entities 2025: Caroline Busta
À medida que a perspetiva de um ponto de vista dá lugar a formas colectivas de conhecimento, que os media proliferam sem fim, que o texto é cada vez mais sentido do que lido e que o mito do génio individual-criativo é dissolvido pela lógica dos LLMs treinados em enxames, estamos a atravessar uma mudança de época na expressão e recepção humanas. Analisando esta mudança de clima comunicacional, Caroline Busta examinará o papel do ‘conteúdo’ neste contexto e algumas abordagens emergentes de adaptação.
Caroline Busta é co-fundadora do canal de media crítico New Models. Anteriormente, foi EIC da Texte zur Kunst e Editora Associada da Artforum.

À medida que a perspetiva de um ponto de vista dá lugar a formas colectivas de conhecimento, que os media proliferam sem fim, que o texto é cada vez mais sentido do que lido e que o mito do génio individual-criativo é dissolvido pela lógica dos LLMs treinados em enxames, estamos a atravessar uma mudança de época na expressão e recepção humanas. Analisando esta mudança de clima comunicacional, Caroline Busta examinará o papel do ‘conteúdo’ neste contexto e algumas abordagens emergentes de adaptação.
Caroline Busta é co-fundadora do canal de media crítico New Models. Anteriormente, foi EIC da Texte zur Kunst e Editora Associada da Artforum.

18:30
#4 Human Entities 2025: Paco Calvo
#4 Human Entities 2025: Paco Calvo
Planta Sapiens: Repensar a inteligência no mundo vivo
A compreensão convencional da inteligência foi durante muito tempo moldada por modelos humanos e animais, deixando pouco espaço para considerar o potencial cognitivo das plantas. No entanto, a investigação emergente desafia esta perspectiva, revelando que as plantas se envolvem com o seu meio envolvente de formas que sugerem a resolução de problemas, adaptação flexível e até modos de comportamento antecipatório. Nesta conversa, apresentarei algumas descobertas fundamentais, explorando a forma como as plantas processam a informação, respondem a estímulos e coordenam as suas ações através de mecanismos de sinalização sofisticados. Para além das descobertas científicas, estes conhecimentos suscitam questões filosóficas mais profundas. Porque temos dificuldade em conceber as plantas como algo mais do que organismos passivos?
Paco Calvo é professor de Filosofia da Ciência, Investigador Principal do Minimal Intelligence Laboratory (MINT Lab) da Universidade de Murcia (Espanha).

Planta Sapiens: Repensar a inteligência no mundo vivo
A compreensão convencional da inteligência foi durante muito tempo moldada por modelos humanos e animais, deixando pouco espaço para considerar o potencial cognitivo das plantas. No entanto, a investigação emergente desafia esta perspectiva, revelando que as plantas se envolvem com o seu meio envolvente de formas que sugerem a resolução de problemas, adaptação flexível e até modos de comportamento antecipatório. Nesta conversa, apresentarei algumas descobertas fundamentais, explorando a forma como as plantas processam a informação, respondem a estímulos e coordenam as suas ações através de mecanismos de sinalização sofisticados. Para além das descobertas científicas, estes conhecimentos suscitam questões filosóficas mais profundas. Porque temos dificuldade em conceber as plantas como algo mais do que organismos passivos?
Paco Calvo é professor de Filosofia da Ciência, Investigador Principal do Minimal Intelligence Laboratory (MINT Lab) da Universidade de Murcia (Espanha).
