MENU
PTEN
Trienal de Arquitectura de Lisboa

Os três prémios e os júris da Trienal 2022

Data
29 SET 2022 - 05 DEZ 2022
Local
Vários espaços na cidade
Edição
Equipa
Equipa Curatorial: Cristina Veríssimo, Diogo Burnay, Anastassia Smirnova, Jose Pablo Ambrosi & Loreta Castro Reguera, Pamela Prado & Pedro Ignacio Alonso, Tau Tavengwa & Vyjayanthi Rao.
Co-Produção
CCB/Garagem Sul, Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP/MAAT, Fundação Millennium bcp / MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea

A 6.ª edição da Trienal está a caminho e o programa inclui três prémios e um concurso que passam pelas diferentes fases da carreira de quem actua em arquitectura. Os prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp têm vindo a ganhar um crescente reconhecimento e cada edição traz novidades. Este ano, optou-se por definir um júri comum para o Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp e o Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp, composto por cinco figuras que representam diferentes territórios e englobam os dois hemisférios.

Para avaliar as candidaturas e nomeações destes dois prémios internacionais foi convidada a curadora, editora e docente senegalesa N'Goné Fall, a arquitecta israelita que alia prática e investigação, Yael Reisner, curadora da Bienal de Arquitectura de Talin em 2019, e o arquitecto Zhang Ke, do ZAO/Standard Architecture, conjuntamente com a dupla portuguesa da curadoria geral da Trienal 2022, Cristina Veríssimo e Diogo Burnay. O júri do Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp reúne representantes das curadorias das exposições centrais, ao quais se junta numa fase final, para eleger quem vence, a curadora e fundadora da Ruby Press, Ilka Ruby.

Se o Prémio Début é orientado para talentos até aos 35 anos, com candidaturas vindas de todo o mundo, o Prémio Carreira tem como ponto de partida uma lista das figuras mais proeminentes da arquitectura, seja da prática ou do pensamento arquitectónico actuais, resultante de uma minuciosa recolha de nomeações que atestam a diversidade e a pluralidade que caracterizam a nossa missão. O Prémio Début é atribuído desde 2013 e duplica este ano o seu valor para dez mil euros. No caso do Prémio Carreira, criado logo na primeira edição, em 2007, o galardão é simbolizado por uma obra de arte de artista nacional encomendada especialmente para o efeito.

A par das inaugurações, o programa de abertura de Terra inclui um momento exclusivo para os três prémios, com o anúncio de quem vence numa conferência aberta ao público, seguindo-se a apresentação do trabalho e obra de cada triunfante.

A Trienal 2022, que abre a 29 de Setembro, propõe uma reflexão sobre como as alterações climáticas, a pressão sobre recursos, as desigualdades sócio-económicas e os desequilíbrios ambientais estão profundamente interligadas e como a arquitectura pode ler estas situações complexas para explorar uma mudança de paradigma.

Bios

N'Goné Fall (Senegal) é curadora independente e consultora em políticas culturais. Foi directora editorial da revista de arte contemporânea africana Revue Noire e assumiu a curadoria de exposições em África, Europa e EUA. Autora de planos estratégicos e relatórios de avaliação para instituições nacionais e internacionais, foi também professora convidada em várias universidades africanas. Em 2018, foi nomeada Comissária Geral da Saison Africa2020 pelo presidente francês.

Yael Reisner (Israel) foi curadora geral da Bienal de Arquitectura de Talin 2019 e editora convidada da revista AD da Wiley, em Setembro de 2019. Professora convidada na Peter Behrens School of Arts Düsseldorf em 2017 e membro do conselho de examinadores externos de doutoramento do RMIT, leccionou no The Bartlett e realizou workshops e seminários internacionais. Em 2014 o Yael Reisner Studio projectou e executou a instalação pública Take My Hand, Rights and Weddings, em Barcelona.

Zhang Ke (China) fundou o ZAO/standardarchitecture em 2001, considerado um dos ateliers mais inovadores entre a nova geração de arquitectos chineses. As suas obras recentes incluem o Novartis Campus Building em Xangai, o pavilhão principal da Garden Expo em Suzhou, transformações de Hutongs e pátios em Pequim e vários edifícios no Tibete. Leccionou em instituições de renome, é conferencista regular em eventos internacionais e o seu atelier recebeu um número impressionante de prémios.

CVDB (Portugal) são uma dupla que combina pesquisa e ensino com prática. Cristina Veríssimo leccionou em Hong Kong, Argentina, Chile, EUA e Canadá e trabalhou com Carrilho da Graça e Zaha Hadid. Diogo Burnay é professor associado e director da escola de arquitectura da Dalhousie University, tendo trabalhado em Lisboa, Londres e Macau com Maria Godinho de Almeida e Duarte Cabral de Mello, e também no BDP com Manuel Vicente e OBS Arquitectos. Juntos, em 1999, fundaram o estúdio CVDB, sediado em Lisboa, com vários prémios internacionais.

Ilka Ruby (Alemanha) é curadora, autora, e co-fundadora da Ruby Press. Ao longo da sua carreira, foi responsável por exposições como Druot, Lacaton & Vassal - Tour Bois le Prêtre, Museu de Arquitectura Alemão DAM; Treasures in Disguise, o pavilhão do Montenegro na 14.ª Bienal de Arquitectura de Veneza; Never Demolish, Festival de Arquitectura de Copenhaga; Together!, Museu de Design da Vitra. Em 2020, foi co-curadora de Enough is Enough para a Bienal de Arquitectura Beta 2020 em Timisoara, Roménia.

Em retrospectiva

O Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp já distinguiu Denise Scott-Brown (2019), cuja visão tem influenciado a evolução da pesquisa em arquitectura, o atelier francês Lacaton & Vassal (2016), o crítico norte-americano Kenneth Frampton (2013), o notável e carismático arquitecto português Álvaro Siza (2010) e o arquitecto milanês autor do CCB, Vittorio Gregotti (2007). Já o Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp contemplou o atelier sediado em Espanha Bonell+Dòriga (2019), os chilenos Umwelt (2016) e o norte-americano Jimenez Lai, do Bureau Spectacular (2013). Enaltecer e reconhecer publicamente autorias que participam na arquitectura e a elevam a um estatuto primordial do quotidiano é um dos objectivos da Trienal.