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Trienal de Arquitectura de Lisboa

Projecto de reabilitação do Palácio apresenta-se ao público

Foi apresentado, em Maio de 2014, o projecto de reabilitação do Palácio Sinel de Cordes. Com autoria de Margarida Grácio Nunes, o programa baseia-se numa intervenção que conjuga três vertentes: reabilitação, conservação e restauro. Em articulação com o engenheiro João Appleton da A2P, este projecto conta com a participação do professor José de Monterroso Teixeira, que desenvolveu uma pesquisa histórica deste património municipal que data do século XVIII para uma melhor intervenção no espaço e respeito pelo existente. Esta equipa que colabora em regime pro bono estabeleceu uma reconfiguração do espaço atendendo ao seu novo uso que combina área de programação e espaços de trabalho para o pólo criativo com quem se dedica à arquitectura, design, fotografia, e outros áreas criativas conexas. 

Cedido pela Câmara Municipal de Lisboa há dois anos para sede da Trienal, a organização pretende transformar o Palácio Sinel de Cordes num centro de arquitectura que acolhe no seu pólo criativo, entidades emergentes numa lógica de dinamização da economia local.


Apresentação com projecção do mapa de localização

© Dóra Karácsony



O presidente da Trienal, o arquitecto José Mateus, enalteceu a importância deste projecto ao jornal Público:
"ligar a reabilitação arquitectónica do edifício ao funcionamento do pólo criativo… Queremos resgatar o edifício do estado de quase ruína em que se encontrava quando aqui chegámos. Na verdade, essa recuperação começou desde que entrámos aqui, mas agora o processo terá outra dimensão”.

O projecto de reabilitação tem por base uma abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente. A intervenção pretende ser realizada de forma faseada, combinando um investimento público por parte da Câmara Municipal com uma rede de parceiros privados diversificada activada pela Trienal. Com uma abordagem contida, o objectivo é poder ser uma montra de novos materiais de construção como representar um case study em termos de abordagem que se inspira na técnica japonesa de restauração de cerâmica, Kintsugi. 

A arquitecta Margarida Grácio Nunes recebeu mais convite para apresentar no futuro este projecto de reabilitação quer numa conversa no Palácio Pombal, quer na faculdade de arquitectura do pólo de Ajuda.

Margarida Gracio Nunes © Dóra Karácsony

Sobre Margarida Grácio Nunes

Natural de Lisboa, Margarida Grácio Nunes licenciou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1977, e especializou-se em “Conservação e Recuperação de Edifícios e Monumentos”. Vive e trabalha em Lisboa, onde tem atelier desde 1979, conjuntamente com Fernando Sanchez Salvador, desenvolvendo actividade no campo da Arquitectura e Planeamento Urbano) diversos Planos Gerais de Urbanização e Planos de Pormenor), com vários projectos e obras de edifícios públicos e privados, intervenções de reabilitação e restauro de edifícios, remodelação de interiores, desenho de mobiliário e de objectos. É convidada habitual de conferências e palestras sobre arquitectura e design, em Portugal e no estrangeiro.