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Trienal de Arquitectura de Lisboa

Terra também põe em prática a circularidade

Data
29 SET 2022 - 05 DEZ 2022
Local
Vários espaços na cidade
Edição
Equipa
Equipa Curatorial: Cristina Veríssimo, Diogo Burnay, Anastassia Smirnova, Jose Pablo Ambrosi & Loreta Castro Reguera, Pamela Prado & Pedro Ignacio Alonso, Tau Tavengwa & Vyjayanthi Rao.
Co-Produção
CCB/Garagem Sul, Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP/MAAT, Fundação Millennium bcp / MNAC - Museu Nacional de Arte Contemporânea
A 6º edição da Trienal lançou um apelo à acção face às alterações climáticas apresentando uma multiplicidade de exemplos concretos vindos de todo mundo. Em consonância com as temáticas abordadas e imbuídos do espírito de partilha da responsabilidade ambiental, procurámos durante o próprio desenvolvimento da Trienal 2022 adoptar boas práticas de sustentabilidade que respondessem a este apelo lançado pela curadoria geral. 

O processo começou com as acções de upcycling de tote bags que servem de welcome kit a participantes, reutilizando sobras. As alças originais que foram retiradas serviram ainda de material para o fabrico dos coletes identificativos das equipas de mediação nas actividades pedagógicas e de assistência de exposição. Estas duas acções paralelas criaram um círculo virtuoso de aproveitamento destes recursos têxteis. Outra aposta bem sucedida foi o nosso compromisso em servir, nos dias inaugurais, catering sem carne e dar a conhecer novos projectos gastronómicos locais como o Projecto Substância da Cozinha Popular da Mouraria. 

jantar volante com menu sustentável servido no jardim do palácio sinel de cordes, para a abertura da trienal

Projecto Substância da Cozinha Popular da Mouraria, Palácio Sinel de Cordes ©Hugo David

O desenho expositivo também apontou soluções neste sentido, contemplando materiais facilmente reutilizáveis. Em Retroactivar, o geotêxtil que serviu de suporte expositivo foi reaproveitado pela empresa de montagem e a terra que lhe deu lastro seguiu para o jardim do MAAT. As plantas do Pavilhão Tijuana migraram para o jardim do Palácio Sinel de Cordes e os seus pneus usados retomaram o processo de reciclagem da Valorpneu.

Em Ciclos, as placas de gesso cartonado acústico mantiveram o acabamento a cru no característico tom lilás para poderem voltar à Placo Saint-Gobain e integrarem outros projectos. O banco do participante Nuno Vasconcelos feito de taipa a partir de areia e cascalho cedidos pela Zircom encontrou destino nas instalações desta empresa, tendo uma pequena amostra viajado até ao atelier BC em Bruxelas. Os materiais do icónico sofá circular em veludo verde que fez as delícias dos mais novos foram entregues ao atelier Parto para uma segunda vida.

As cortinas, elemento central do desenho da exposição Visionárias, são totalmente reutilizadas, ficando parte na Culturgest e sendo outra parte usada na melhoria térmica e acústica do Palácio Sinel de Cordes. Alguns dos módulos expositivos de Multiplicidade pontuam os espaços de trabalho da equipa da Trienal que em janeiro de 2023 se instalou numa ala acabada de reabilitar do Palácio, enquanto se programa uma circulação destes conteúdos pelo país.


Imagem © DFOX