Conjunto Urbano da Avenida Infante Santo
- Autores Originais:
- Alberto José Pessoa ,
- Hernani Gandra ,
- João Abel Manta
- (1954)
Este projecto — que surge no âmbito da urbanização dos terrenos que resultaram da abertura da Avenida Infante Santo — ensaia a aplicação dos princípios do urbanismo definidos na Carta de Atenas, em 1933, que, em substituição do clássico sistema de quarteirão e avenida, preconizam o modelo de uma cidade arejada, preenchida por edifícios em altura. Com a premissa de se adaptar este modelo ideal de cidade à realidade de Lisboa, projectou-se este conjunto de cinco blocos habitacionais assentes sobre pilotis, isolados, orientados para o Sol e perpendiculares à avenida. A sua morfologia e o modo como emprega as potencialidades do betão armado evidenciam uma aproximação aos “5 pontos para uma nova arquitectura“ de Le Corbusier. Privilegia-se o espaço vazio, de atravessamento, entre blocos, permitindo uma continuidade entre áreas verdes e de lazer. É ainda assinalável o modo como o projecto integra a colaboração de diversos artistas, observando-se intervenções de Vieira da Silva e Jorge Vieira nos painéis cerâmicos que revestem o embasamento comercial da frente de rua. Em 1956, é distinguido com o Prémio Municipal de Arquitectura, que, por imposição regulamentar, foi atribuído a apenas um dos blocos, ficando a ressalva para o “valor arquitectónico do próprio conjunto”.
Morada
Avenida Infante Santo
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Tipologia
Conjunto Urbano/Visita Urbana
Fotografia
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