Imaginar o Centro
Percurso Urbano por Vítor Belanciano
Este percurso tem como objectivo reflectir sobre noções de espaço público ou de bem-comum, ao mesmo tempo que se olha para o rio Tejo como potencial elo de transformação da chamada Lisboa metropolitana.
Por norma tendemos a olhar o rio como barreira, por obstáculos anímicos, anátemas sociais preconceituosos, ausência de conexão económica, navegação cruzada intensa e incapacidade em fomentar construções culturais. Lisboa vive separada do Barreiro, Seixal, Almada, Montijo ou Alcochete e vice-versa. Vemo-nos ao longe, não nos conseguimos imaginar ao perto. E no entanto seria possível olhar para a Área Metropolitana de Lisboa como uma unidade de congregação urbana, com o rio como o seu centro. Sendo o centro de Lisboa o próprio rio.
A mobilidade encarada como central. Imaginar o centro, não como algo estático, mas como o fluxo vital da grande cidade, facilitando e incentivando a mobilidade entre todas as margens. Encarar o rio não como limite, mas como ligação, contribuindo para que ele seja mais vivido. Como o arquitecto que é capaz de olhar para as ruínas de uma casa e perceber que o potencial ainda está lá, bastando para tal ser activado e trabalhado. Também entre margens o potencial existe. Vamos encará-lo.
Duração
90 minutos
Lotação
25
Informação Extra
Ponto de partida: Verride Palácio de Santa Catarina
Ponto de chegada: Campo de Santa Clara (Feira da Ladra)