MENU
PTEN
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Edição
Website
Co-Produção
CCB, Culturgest, Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado,Fundação Calouste Gulbenkian, MAAT

Bait Ur Rouf Mosque de Marina Tabassum, Bangladesh © Hassan Saifuddin Chandan

Marina Tabassum

Carreira

Enquanto arquitecta, investigadora e educadora, Marina Tabassum tem demonstrado um profundo sentido de compromisso com o papel social e cultural da arquitectura, tornando-a um nome indiscutível da prática contemporânea e uma referência para o futuro da disciplina. Nas últimas três décadas, esta arquitecta do Bangladesh provou ser um caso inspirador de como o trabalho com as comunidades locais pode ter um impacto positivo em todo o mundo, mesmo nas condições mais adversas. A mesquita Bait Ur Rouf, local de culto de um um bairro de Daca, considerado pelo The New York Times como um dos 25 melhores edifícios construídos desde a Segunda Guerra Mundial, é disso exemplo. 

Ao centrar a sua prática no país de origem, Marina tem aumentado a consciencialização sobre as mudanças climáticas, como as grandes cheias que desalojam milhões de pessoas no seu país, onde 700 rios do delta do Ganges representam uma ameaça constante. Neste contexto, defende uma abordagem mais naturalista da disciplina que integre simultaneamente o conhecimento tanto ancestral como indígena, e valorize competências, materiais e ciclos naturais locais reduzindo a pegada ecológica. 

O júri internacional responsável pela escolha da vencedora do Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp destacou que o "arrojado passo em frente dado por Marina Tabassum na transformação da arquitectura, de um modelo de encomenda-passiva para um papel propositivo e activo, continua a mostrar-nos como esta disciplina pode enfrentar a crise climática e contribuir para o desenvolvimento social de forma criativa, atenta e inspiradora." Vale a pena referir que foi a primeira vencedora oriunda do Sul Global. Entretanto, Tabassum foi nomeada em 2024 uma das 100 pessoas mais influentes do planeta pela revista norte-americana Time.

O Galardão

Escolhemos uma peça concebida por Carlos Nogueira, conhecido artista português com raízes moçambicanas. A obra de Nogueira agrega pintura, escultura, instalação ou escrita, usando materiais do quotidiano como ferro, madeira, cimento, vidro ou carvão. 

Ao longo de várias décadas, tem sido possível cunhar o trajecto profissional do artista com um olhar poético sobre a vida e as relações com o outro, que reflecte não só uma dimensão existencial como uma abordagem naturalista ao que o rodeia. A sua relevância na arte contemporânea valeu-lhe diversas distinções.

Sobre

O Prémio Carreira Trienal de Lisboa Millennium bcp distingue o atelier ou pessoa no activo cujo trabalho e ideias tenham influenciado e continuem a ter um impacto profundo na prática e no pensamento arquitectónico contemporâneo. Acreditamos na prática consistente e de excelência, no trabalho relevante e na sua distinção.

A abrangência territorial deste prémio contou com figuras de cinco continentes para júri e a nomeação, assegurando uma pluralidade de vozes e uma diversidade de origens geográficas que lhe têm conferido uma sólida credibilidade. Desde 2007, quem vence este prémio recebe uma obra de arte original criada por artistas portugueses de renome, contribuindo para a projeção da produção artística nacional.

Júri 

Cristina Veríssimo
Diogo Burnay
N’Goné Fall
Yael Reisner
Zhang Ke

Equipa de nomeação

Alice Rawsthorn, Ana Dana Beroš, Bekim Ramku, Carlos Mínguez Carrasco, Chuka Ihonor, David Basulto, Denise Scott Brown, Ethel Baraona Pohl, Eve Arpo, Fabrizio Gallanti, Hanna Dencik Petersson, Herbert Wright, Jimenez Lai, Joanna Wasko, Josephine Michau, Julija Reklaitė, Marina Otero Verzier, Martynas Germanavičius, Matevž Čelik, Mimi Zeiger, Nathalie Weadick, Olamide Udoma-Ejorh, Paul Preissner, Paula Nascimento, Saimir Kristo, Sevra Davis, Shumi Bose, Sini Parikka, Taro Igarashi, Vera Sacchetti, Victoria Thornton e Zahra Ali Baba