Ajda Bračič, Tevi Allan Mensah,
Mentoria: Graça Castanheira, Pedro Tropa, Tatiana Macedo
A partir de uma colecção de artefactos e imagens reunidos durante a viagem, Allan Mensah constrói uma reflexão que se apropria do título de uma antologia de contos de Julio Cortázar. Questionando o que significa ir de um lugar até outro, no seu caminho encontra objectos imanentes, paisagens heterogéneas e fronteiras a atravessar para abordar o que estas produzem ou inibem: a deslocação.
Os imaginários dos territórios fronteiriços são um tema recorrente na sua prática que cruza criação artística e arquitectura para interpelar o papel desta disciplina como meio de comunicação colectiva. Allan Mensah co-fundou em 2019 o colectivo frontières* dedicado à edição em arquitectura, em 2022 co-criou um micro-festival de arquitectura, Balthazar e actualmente lecciona na cadeira de mestrado 'Utopie/Dystopie' na ENSA Lyon.
Nesta estreia, a dupla foi composta por Ajda Bračič e Tevi Allan Mensah e percorreu mais de 20 cidades em meios colectivos de transporte terrestre, sobre carris ou rodas, para uma reflexão sobre arquitectura e paisagem enquadrada por noções de fronteira, fluidez, mobilidade ou património, tanto material como imaterial. As viagens são matéria-prima de um exercício de observação: vivenciar a diversidade territorial, reduzir distâncias e alargar limites.
No Palácio, foi ainda feito uma apresentação pública desta experiência que juntou o artista Pedro Tropa, a realizadora Graça Castanheira e a artista Tatiana Macedo (Saber mais).