"A Terra está a transformar-se: intensificações climáticas, novos modos de coabitação, esperanças, tecnologias e sistemas. No entanto, esta figura que está a emergir é uma figura sobrecarregada com as complexas convulsões da contemporaneidade: extinções, inércia, guerra e acumulação de poder.
Como conceber projectos, imaginar novas cidades, construir em conjunto modelos diferentes? Estas são interrogações que multiplicam a pergunta que abre a Trienal de Lisboa como plataforma de investigação: Quão pesada é uma cidade?”
Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, Territorial Agency
Primeiro Messy Studio com: Shaul Bassi, Director do Mestrado em Humanidades Ambientais na Universidade Ca'Foscari; Mónica Bello, Directora de Arte no CERN; Andreia Garcia, Curadora do Pavilhão de Portugal; Lela Rekhviashvili, Investigadora no Instituto de Geografia Regional, Leipzig; e Mark Williams, Professor de Paleontologia na Universidade de Leicester. Moderação de Territorial Agency, com intervenção inicial e de encerramento por Tinatin Gurgenidze, Co-curadora do Pavilhão da Geórgia e Manuel Henriques, Director Executivo da Trienal.
No âmbito do programa europeu New Temporality, este kick-off acolhido pelo Pavilhão da Geórgia marca o início do ciclo de sessões preparatórias que vão projectar interrogações e alimentar as três linhas de investigação que configuram a 7ª edição a inaugurar no Outono de 2025. Junte-se à discussão e venha brindar connosco.
Shaul Bassi é professor de inglês na Universidade Ca' Foscari e director do Mestrado em Humanidades Ambientais. A sua investigação abrange temas da teoria pós-colonial aos estudos judaicos e às questões ambientais e sociais contemporâneas de Veneza. Foi diretor do festival literário de Veneza e do Centro Internacional para as Humanidades e a Mudança Social de Ca'Foscari.
Mónica Bello é historiadora de arte, curadora e directora de arte do CERN, onde promove iniciativas artísticas em relação com a comunidade científica a partir do seu interesse nas intersecções entre cultura e ciência. Anteriormente, foi directora artística da VIDA na Fundação Telefónica, curadora do Pavilhão da Islândia na Bienal de Veneza de 2022.
Andreia Garcia é arquitecta, curadora e investigadora sobre a prática da arquitectura numa era de avanços tecnológicos e crise ecológica. É fundadora do atelier Architectural Affairs, da Galeria de Arquitectura e curadora da representação portuguesa na Biennale Architettura 2023, tendo sido docente na Universidade do Minho, na Architectural Association e actualmente na Universidade da Beira Interior.
Lela Rekhviashvili é investigadora do Instituto Leibniz de Geografia Regional. O seu trabalho centra-se no desenvolvimento infra-estrutural e no seu papel na reivindicação das modernidades socialistas e capitalistas. Tem também publicado sobre questões como mercantilização, integração social, mobilidade urbana, informalidade e movimentos sociais.
Mark Williams é paleontólogo e professor na Universidade de Leicester. Ao longo de mais de três décadas tem investigado a evolução da vida a uma escala temporal geológica. A sua investigação recente debruça-se sobre os padrões das alterações da biosfera com causa humana e as possíveis formas de evitar uma extinção em massa provocada pela humanidade. Desde a sua criação que Williams faz parte do Anthropocene Working Group.