Organização
Somos uma organização sem fins lucrativos cuja missão é investigar, dinamizar e promover o pensamento e a prática da arquitectura. A cada três anos, realizamos um grande fórum de debate, reflexão e divulgação que cruza fronteiras disciplinares e geográficas.
Todas as edições da Trienal de Arquitectura de Lisboa são distinguidas com o Alto Patrocínio de S. Exa. O Presidente da República Portuguesa. Desde 2013, beneficiamos do Estatuto de Utilidade Pública, tendo sido conferido, desde 2010, pelo Ministério da Cultura, o estatuto de Interesse Cultural.
Missão
- Estabelecer-se como uma plataforma aberta de reflexão e promoção da arquitectura nacional e estrangeira
- Gerar conteúdos de excelência orientados para arquitectos e para além deles, de forma mais lata, para a comunidade criativa e também para o grande público numa óptica de sensibilização das mais-valias da prática da arquitectura
- Posicionar a arquitectura Portuguesa e as marcas Lisboa e Portugal no circuito cultural internacional
- Assumir uma curadoria plural propondo a cada edição uma abordagem complementar e actual
- Estimular a economia local e nacional, a partir do alargamento da rede de contactos e a catalisação da atenção dos medias para a projecção da disciplina
- Deixar um legado para a cidade com a reabilitação de um edifício como um novo centro de arquitectura, a par de publicações temáticas
© Canal 180
A Trienal
A primeira Trienal teve lugar em 2007, sob o tema Vazios Urbanos. O comissário José Mateus trabalhou com uma equipa de 23 curadores nacionais e internacionais, que apresentaram quatro pólos de exposições, uma conferência internacional, um lounge e cinco concursos.
Em 2010, Falemos de Casas, a sua segunda edição, consolidou a presença da Trienal no circuito dos eventos culturais dedicados à arquitectura. Comissariada por Delfim Sardo, o programa desta Trienal incluiu quatro exposições, uma conferência internacional e quatro concursos.
Com a sua terceira edição, Close, Closer, em 2013, a Trienal conquistou uma sólida projecção e reconhecimento internacionais. A curadora geral Beatrice Galilee e os curadores José Esparza, Mariana Pestana e Liam Young programaram exposições, conferências, palestras e projectos associados.
Idealizada pelos curadores André Tavares e Diogo Seixas Lopes, a quarta edição da Trienal, The Form of Form, em 2016, incluiu quatro exposições, um ciclo de Talks, sete Satélites, três prémios, duas conferências, 12 projectos associados, quatro publicações e um conjunto de Sidekicks.
A quinta edição da Trienal, A Poética da Razão, foi em 2019, Um open call feito pela Trienal em 2016, determinou a equipa de curadoria liderada por Éric Lapierre, arquitecto e teórico de arquitectura sediado em Paris. A equipa, que lecciona o curso Architecture & Experience na escola de arquitectura de Marne-la-Vallée (Paris), é composta pelo filósofo Sébastien Marot e por um grupo de profissionais da prática e da teoria altamente qualificados: Ambra Fabi, Giovanni Piovene, Mariabruna Fabrizi, Fosco Lucarelli, Laurent Esmilaire, Tristan Chadney.
Distância Crítica
Mas para além do seu evento principal, a Trienal organiza ainda mais, por exemplo, as conferências Distância Crítica, que trazem a Lisboa nomes maiores da arquitectura mundial. Já se realizaram dois ciclos, o primeiro entre 2011 e 2013, que trouxe nomes como Kazuyo Sejima, Alberto Campo Baeza ou Pezo Von Ellrichshausen, e um segundo ciclo entre 2014 e 2016, que convidou nomes como Smiljan Radić, Bijoy Jain dos Studio Mumbai, ou Ellen van Loon dos OMA. Um terceiro ciclo iniciou-se em 2017, com uma conferência de Paul Ghirardani, director de arte da série de televisão da HBO, “Game of Thrones”. Estes ciclos de conferências são feitos em parceria com o Centro Cultural de Belém. Para o triénio de 2020-2022, é seleccionada uma proposta curatorial a partir de um call internacional que recebeu 26 candidaturas. Comissassariado por Diana Menino e Felipe Di Ferrari, o ciclo passa a intitular-se Campo Comum.
© Fábio Cunha
Open House
Anualmente organizamos o Open House Lisboa. Desde 2012, que a Trienal torna acessível ao público em geral, durante um fim-de-semana, espaços de cariz diferenciado: palácios, casas privadas, escolas ou igrejas. É uma grande oportunidade para visitar e descobrir espaços que demonstram o papel decisivo da arquitectura na vida dos cidadãos e exemplificam o valor do património edificado. Acolhida por mais de 30 cidades em todo o mundo (como Londres, Nova Iorque ou Buenos Aires), esta iniciativa foi criada em 1992 por Victoria Thornton. Em 2015 e 2016, a Trienal também organizou, com a Casa da Arquitectura, o Open House Porto.
Open House Lisboa 2017, Nova sede da EDP © Rodrigo Gatinho
O Palácio
Sediada no Palácio Sinel de Cordes, no Campo de Santa Clara, a Trienal de Lisboa organiza e acolhe eventos de múltiplos formatos, que constituem a área de programação do Palácio, aberta ao público em geral. No Palácio, funciona de forma permanente um Pólo Criativo que acolhe projectos inovadores e multidisciplinares que visam a ligação da arquitectura a outros sectores da sociedade, promovendo o desenvolvimento cultural e económico da cidade. Os residentes são Angular, Projecto WareHouse, Fruta Feia e KWY. Neste edifício de carácter único, que se encontrava abandonado aquando da chegada da Trienal, desenvolvemos desde 2012 uma estratégia progressiva de reabilitação, conservação e restauro.
Fachada do Palácio © FG+SG, Fotografia de Arquitectura
Projectos Especiais
Por três vezes, a Trienal foi convidada pela Direcção-Geral das Artes a colaborar nas representações oficiais em Bienais de Arquitectura. E assim, colaborámos na realização da representação portuguesa na 7ª Bienal Internacional de Arquitectura de São Paulo, com a adaptação da exposição “Europa, Arquitectura Portuguesa em Emissão”, comissariada por Jorge Figueira e Nuno Grande (que tinha sido apresentada na primeira edição da Trienal, em 2007); na 12ª Bienal de Arquitectura de Veneza, em 2010, com curadoria da Trienal, em que apresentámos “4 casas, 4 filmes”; e na 14ª Bienal de Arquitectura de Veneza, em 2014, comissariada por Rem Koolhaas, em que o Pavilhão de Portugal se materializou num jornal, Homeland | News from Portugal, com três edições desenhadas pelo atelier Silva Designers com distribuição ao longo dos seis meses.