Do bairro de Alvalade ao interface de transportes do Campo Grande andaremos desta vez num espaço urbano contínuo. A relevância para a explicação da Lisboa pós-metroplitana deste percurso passa não só pela singularidade do projecto e processo de construção do Bairro de Alvalade mas também porque entre estas duas estações de metro, durante o século XX, foram construídas estruturas culturais, institucionais e governamentais nevrálgicas na organização das complexidades metropolitanas. Tendo este espaço urbano à nossa volta abordaremos também o centralismo de Lisboa, a sua materialização física e dinâmicas sociais. Entre Alvalade e Campo Grande foi construído não só um dos bairros essencialmente residenciais mais bem sucedidos da Lisboa metropolitana assim como um espaço urbano essencial ao modelo centralizador da metrópole de Lisboa. O paradigma metropolitano de cidade grande que frequentemente corresponde à ideia de capital do país persiste em Lisboa com a centralização dos poderes dentro das fronteiras municipais. Parecendo não existir qualquer política de organização urbana que construa um espaço mais policêntrico, inclusivo e equitativo da metropolização territorial dos espaços que habitamos.
As visitas são gratuitas.
Reservas: outralisboa@gmail.com ou +351 92 713 62 91
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