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Trienal de Arquitectura de Lisboa

Conheça os 20 ateliers seleccionados para o Prémio Début

Ateliers seleccionados para o Prémio Début © DR

Durante a apresentação oficial do programa da 7.ª edição da Trienal de Lisboa, a 24 de Março de 2025, foram anunciados os vinte ateliers seleccionados para o Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp, de entre 75 candidaturas válidas de 28 países de todo o mundo: 

Atelier Local, Portugal
Avneesh Tiwari, Índia
Balsa Crosetto Piazzi, Argentina
Banga Coletivo, Angola
Bangkok Tokyo Architecture, Tailândia
BeAr Arquitectos, Espanha
Estúdio Flume, Brasil
Exutoire, Vietname
Indalo World, África do Sul
JQTS, Portugal
Juan Campanini – Josefina Sposito, Argentina
Juliana Godoy, Brasil
kera, Geórgia
NUA arquitectures, Espanha
Palma, México
Parabase, Suíça
RC Architects, Índia
ReSa Architects, Índia
Robida Collective, Itália
TEN, Suíça

As candidaturas a este prémio internacional são abertas a profissionais emergentes, a título individual ou colectivo, com até 40 anos de idade. Simultaneamente, dezenas de figuras da investigação, da crítica e da prática arquitectónica são convidadas a nomear até um máximo de três nomes. Depois, o conjunto das propostas elegíveis é disponibilizado a um júri, que tem três fases de selecção: uma shortlist de 20, cinco finalistas e a prática vencedora. Em Maio, serão reveladas as equipas finalistas do Prémio Début, que apresentarão o seu trabalho numa sessão pública durante a Trienal 2025. Quem vencer receberá um galardão desenhado por Álvaro Siza Vieira, produzido a partir de desperdícios de mármore de Estremoz.

Reunião do júri do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp © João Azevedo

O júri é constituído por Inês Lobo, Lígia Nobre, Samia Henni, Sandi Hilal e Yuma Shinohara. 

As nomeações ficaram a cargo de: Alexandra Cruz, Alice Rawsthorn, Ana Dana Beroš, Bekim Ramku, Carlos Mínguez Carrasco, César Reyes Nájera, Christine Carboni, Chuka Ihonor, David Basulto, Ethel Baraona Pohl, Eva Franch i Gilabert, Fabrizio Gallanti, Francien van Westrenen, Gabrielle Shaad, Hanna Dencik Petersson, Herbert Wright, Ilka Ruby, Inês Dantas, James Taylor-Foster, Javier Peña-Ibáñez, Jimenez Lai, Joaquim Moreno, Josephine Michau, Katarina Siltavuori, Kenneth Frampton, Kieran Long, Léopold Lambert, Maja Vardjan, Marc Frochaux, Marina Otero Verzier, Martynas Germanavičius, Matevž Čelik, Mimi Zeiger, Nathalie Weadick, Nikolaus Hirsch, Paul Preissner, Paula Nascimento, Sevra Davis, Shumi Bose, Tau Tavengwa, Tinatin Gurgenidze, Tomoaki Shimane, Victoria Thornton, Vyjayanthi Rao.

A Trienal de Lisboa gostaria de agradecer a todas as pessoas que nomearam ou se candidataram a este prémio. Foi com entusiasmo que recebemos tantas propostas de elevada qualidade. 

Testemunho do Júri

Enquanto júri, temos o dever de reconhecer que nos encontramos num momento histórico — testemunhamos um genocídio em Gaza e guerras no Congo, na Ucrânia e em tantos outros lugares do mundo, enquanto, para muitas pessoas, a vida prossegue como habitualmente. Perante esta contradição, importa perguntar: que posição tomamos? Como irá a história julgar as nossas escolhas?

Nós, membros do júri, escolhemos reconhecer práticas arquitectónicas que criam espaços para a vida: abordagens que promovem dignidade, comunidade e formas enraizadas de coexistência. É essencial resistir à imposição de um único padrão e, em vez disso, apoiar a diversidade de respostas arquitectónicas, ajustadas a diferentes realidades. As candidaturas apresentadas revelam que muitas pessoas que iniciam o seu percurso na arquitectura estão a afastar-se dos modelos tradicionais, optando por práticas colectivas e descentralizadas que, de forma encorajadora, respondem aos desafios do presente. Reconhecemos, ainda, um compromisso com o fortalecimento de estruturas de resistência já existentes, ao invés de uma obsessão pelo "novo". Trabalhar em contextos políticos, sociais, económicos e ambientais adversos requer formas de reconhecimento distintas.

O papel da arquitectura na criação de espaços para a vida nunca foi tão urgente. Num tempo em que o poder se concentra em poucas mãos, escolhemos destacar quem, através da sua prática, insiste em re-existir, reimaginar e resistir. 

Lisboa, 22 de Março de 2025

O júri do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp © João Azevedo