Vão desenha projecto expositivo da Bienal de São Paulo
Formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero, propõe explorar as singularidades do icónico Pavilhão Ciccillo Matarazzo projectado em 1957 por Oscar Niemeyer e situado no Parque Ibirapuera. O projecto explora a relação entre espaço expositivo e fluxos de visitantes, rompendo as convenções conceptuais e estruturais do edifício – onde esta equipa instalou temporariamente o seu escritório para um enriquecedor processo de trabalho ‘in situ’. Pela primeira vez, os mezaninos ondulantes sobre o pé-direito central do pavilhão são completamente fechados, numa intervenção radical que reinventa a experiência da espacialidade.
Nas suas palavras: “Buscamos, desde o princípio, um desenho que se colocasse entre o desejo de não reencenar a coreografia espacial existente mas que, ao mesmo tempo, não impusesse uma coreografia outra, totalmente desvinculada das suas lógicas internas. Para isso deveríamos dançar com o existente e com o disponível. Ou seja, para além da atenção em reutilizar os materiais remanescentes das antigas exposições, tínhamos como objectivo criar espaços a partir dos elementos construtivos que constituem o Pavilhão.”
O jovem atelier é conhecido por integrar nos seus projectos, desde habitação a espaços de trabalho, uma forte expressão artística traduzida na originalidade, compromisso com o ambiente e cuidadosa compreensão dos materiais. Em 2017, colaborou na instalação Chão de Caça da artista Cinthia Marcelle para o Pavilhão do Brasil da Bienal de Veneza, que foi distinguido com uma menção honrosa. Em 2022, recebeu o Prémio Début da 6ª edição da Trienal como Prémio Début e integrou a lista de melhores Novas Práticas do ArchDaily.
Casa s/d n.º1, vão arquitectura © Pedro Kok
A Bienal de São Paulo, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, está aberta ao público de 6 de Setembro a 10 de Dezembro de 2023.