A grande escala e o futurismo dos MRVDV deslumbraram o CCB
Teve ontem lugar, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, mais uma conferência do ciclo Distância Crítica, co-produzida pela Trienal e pelo CCB.
O arquitecto Jacob van Rijs dos MVRDV discursou, durante mais de uma hora, para uma plateia de 1052 pessoas (904 com bilhete vendido), apresentando entusiasticamente as principais obras que compõem o portfolio do seu atelier, e levantando o véu para as práticas e forma de pensar que fazem dele um dos mais interessantes e inovadores da actualidade.
Do policromático Market Hall de Roterdão, à Book Mountain - biblioteca de Spijkenisse, passando pelo Rockmagneten - Museu do Rock de Roskilde, Jacob van Rijs, sempre com grande humor, mostrou o antes, o durante e o depois do seu processo de criação que deve tanto ao cenário em que é iniciado como à função e personalidade de quem o irá desfrutar quando terminado.
A cidade, as pessoas, a arte, o design, a fotografia e a arquitectura parecem, nas suas palavras, ser o sinónimo de construção de futuro, fundindo-se e criando assim a base do trabalho ímpar dos MVRDV.
Terminada a apresentação, o discipulo mais futurista de Rem Koolhaas sentou-se com o arquitecto Diogo Burnay que o questionou sobre os desafios que um atelier vive quando se torna num grande atelier e como é possível fazer a ponte entre a arquitectura mais futurista e conceptual e o público em geral.
Conversa com Diogo Burnay CCB © Diogo Nunes
Caso para dizer que foi um fim de tarde de arquitectura e rock n’ roll. A próxima convidada do Distância Crítica é com a arquitecta Ellen van Loon, do OMA. O encontro fica marcado para 17 de Fevereiro de 2016, mais uma vez no CCB.