Podem os agentes artificiais
criar arte? Mark Coeckelbergh fala na quarta, 22 de Novembro
Data
22 NOV 2017
Horário
18:30-20:30
Local
Preço
Participantes
Mark Coeckelbergh
Informação adicional
Muitas das atuais visões sobre o futuro da inteligência artificial focam-se ora em cenários distópicos e risco existencial, ora num acrítico sonho de novas formas de melhoria dos humanos, como por exemplo em algumas versões do trans-humanismo. Contudo, estas abordagens não nos ajudam a lidar com os desafios que os agentes artificiais levantam num futuro próximo. Tendem também a excluir a reflexão sobre a dimensão social e cultural do tema, incluindo uma mais construtiva e criativa reflexão sobre as formas como humanos e agentes artificiais podem colaborar e co-criar.
Nesta apresentação, Mark Coeckelbergh discute se os agentes artificiais podem criar arte e propõe uma abordagem à questão que é cultural, social e com um toque moderadamente pós-humanista.
Influenciado por Wittgenstein, Pickering, e Latour, argumenta que artefactos criados e utilizados por humanos e agentes artificiais ganham o seu significado a partir do todo sociocultural onde se inserem pois co-constituem estas interacções e formas de vida, que a nossa forma de vida sempre envolveu humanos e não-humanos, e que a questão da criatividade de agentes artificiais deve ser reformulada como a questão do sentido cultural e das possibilidades artísticas das performances humanos/não-humanos – ainda que quando comparado com agentes artificiais os humanos continuem a ser os únicos performers e espectadores num sentido estrito devido à sua subjectividade e corporalização.
Sobre Mark Coeckelbergh
Professor de Filosofia dos Media e Tecnologia no Departamento de Filosofia da Universidade de Viena, Áustria e Professor part-time de Tecnologia e Responsabilidade Social no Centre for Computing and Social Responsibility, Universidade De Montfort, Reino Unido. É Presidente da Society for Philosophy and Technology. Anteriormente leccionou na Universidade de Twente e foi Director-Geral do 3TU Centre for Ethics and Technology. Os seus livros incluem "Using Words and Things" (Routledge 2017), "New Romantic Cyborgs" (MIT 2017), "Money Machines" (Ashgate 2015), "Environmental Skill" (Routledge 2015), "Human Being @ Risk" (Springer 2013), "Growing Moral Relations" (Palgrave Macmillan 2012), e numerosos artigos na área da filosofia da tecnologia em particular na filosofia da robótica e ICT, linguagem e tecnologia, e criatividade das máquinas. Explora activamente questões relacionadas com a tecnologia através de colaborações com artistas e curadores.Mais info