Uma retrospectiva sobre as melhorias no palácio

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É com sentido de compromisso que abraçamos com entusiasmo o repto da Câmara Municipal de Lisboa, nossa parceira estratégica, para reabilitar, restaurar e adaptar o Palácio Sinel de Cordes a três funções com a arquitectura como denominador comum: espaço cultural, pólo criativo e ponto com serviços como livraria e cafetaria.

Desde 2018 que a fase mais recente desta operação tem sido feita com uma rede de mecenas que aproveitamos para aqui agradecer: Saint Gobain Placo, San Jose Construtora, Sanitana, Tintas CIN, Climar, Laser Build, Polyrey, Tarkett, Forsolid, Häger, Padimat e OLI.

Como a dimensão deste edifício é contida, nos últimos cinco anos priorizámos o piso nobre enquanto área expositiva com novo sistema de cabos para suspender obras, colocação de calhas luminárias e restauro dos gessos e estuques em relevo dos tectos. Construímos ainda as novas escadas de acesso ao sótão e reabilitámos o pavimento em reguado de pinho centenário.

Em 2022, após uma primeira investida na vertente estrutural com o apoio da Fundação Serra Henriques, terminámos a reabilitação da ala Este que se destina a sediar os nossos escritórios e a equipa já está instalada neste espaço diáfano que reutiliza algumas peças desenhadas para as nossas exposições. No pátio, graças ao Takeover Fest da equipa berlinense Forecast, fizemos uma operação relâmpago: plantámos os canteiros com plantas provenientes do pavilhão efémero Tijuana – a instalação na praça do MAAT na última edição da Trienal – e soltámos as raízes das frondosas árvores do pavimento circundante para poderem continuar a crescer saudáveis.

Entre Outubro e Dezembro de 2023, damos as boas vindas a um grupo de jovens da dinamarquesa Kaospilot para nos lançarmos na última fase de obras no sótão que já sofreu uma grande intervenção para isolamento e abertura do vão de escadas. Estudantes desta escola de inovação social vêm até Lisboa para uma residência em que põem em prática conhecimentos sobre pensamento projectual, gestão de projecto, desenvolvimento de espírito de equipa, coaching, construção de comunidades, comunicação e gestão de processos participativos e de cooperação.

Para terminar esta empreitada, encetamos uma nova roda de captação de mecenas, abrindo a porta à realização de workshop formativos, funcionar como um exemplo de aplicações, dar mais visibilidade a inovações, ou estreitando relações com a comunidade ligada à arquitectura e áreas que com esta se cruzem. Esta é uma missiva que requer toda a nossa energia.