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Trienal de Arquitectura de Lisboa

Em 2021, o rio Tejo é o centro do Open House

Data
25 SET 2021 - 26 SET 2021
Preço
Gratuita
Edição
10ª
Website
Co-Produção
EGEAC, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Almada. 
Informação adicional
Comissariado pelo colectivo de arquitectura paisagista Baldios

Pela primeira vez, a experiência da arquitectura faz-se em conjunto nas cidades de Lisboa e Almada. Conhecido por abrir portas de casas e apartamentos privados, de reservas ou áreas técnicas de museus e teatros, entre outros edifícios contemporâneos com utilidades várias, o Open House Lisboa abre em 2021 portas a todo um novo território: Almada. Com 71 km² de extensão, Almada estreia-se na rota deste fim-de-semana único de celebração da arquitectura, através de um protocolo assinado entre a Trienal de Lisboa e a Câmara Municipal de Almada.

Com o rio Tejo a unir as duas cidades, o Open House Lisboa celebra a sua 10ª edição e aposta numa expansão territorial que junta as duas margens do rio num evento acessível que chega ao grande público. Agendado para o fim-de-semana de 25 e 26 de Setembro 2021, a motivação para esta extensão está alicerçada no interesse em diversificar e alargar o roteiro de espaços para dar a conhecer as peculiaridades das obras arquitectónicas deste município conjuntamente com as da cidade de Lisboa. 

A Baldios é o colectivo de arquitectura paisagista seleccionado para comissariar a edição de 2021 que tem como fio condutor as linhas de água das duas áreas urbanas. Uma proposta que vem sublinhar o papel do rio Tejo e todo o seu subjacente potencial de prolongamento de cidade, sendo a primeira vez que o roteiro é desenhado por quem opera em arquitectura paisagista.

Os Caminhos da Água.

O Open House 2021 atravessa o rio para a outra margem e estende-se até Almada. Do Tejo e das linhas de águas que nele desaguam nasce o fio condutor do roteiro desta edição centrada na leitura das cidades enquanto paisagens modeladas a partir de um elemento natural.

Inspire-se e embarque numa expedição à arquitectura urbana pelos Caminhos da Água, explorando os percursos ancestrais de ligação entre as cidades e o rio que se sedimentaram ao longo das encostas e vales. Em Lisboa, estes caminhos revelam uma topografia profundamente humanizada que deu origem a terraços, muros, edifícios, jardins, aterros e encanamentos. Em Almada são praias, angras, cais e infra-estruturas industriais que rematam os vales curtos e encaixados, a contemplar Lisboa e o rio como elementos de uma Paisagem Comum. Sigamos a Água!

vista aérea de Almada onde vemos casas coloridas qu serpenteiam uma colina com o rio Tejo ao fundo

Vista aérea de Almada ©CMAlmada

Nas palavras de Inês de Medeiros, Presidente da Câmara Municipal de Almada, “é com grande entusiasmo que recebemos, em Almada, a 10ª Edição do Open House, que dará a conhecer o extenso património arquitectónico e a beleza deste território cuja paisagem é marcada pela presença do Mar, do Tejo e da relação com Lisboa. Abraçamos esta parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa na certeza de que o Open House 2021 constituirá um desafio e uma oportunidade de compreender e projectar a margem sul do rio Tejo, que une três grandes concelhos e é essencial ao desenvolvimento da Área Metropolitana de Lisboa.”

“Este ano, assinala-se o 10.º aniversário do Open House. São 10 anos a valorizar a arquitectura e os arquitectos, o património e a reabilitação do espaço público. Numa altura em que o espaço público e o espaço comum da cidade assumem um protagonismo ímpar, impõe-se continuar a aproximar os cidadãos à arquitectura e ao património. Uma cidade não pode prescindir deste olhar, que é uma representação de como nos vemos enquanto comunidade e de como vemos o mundo. Acredito que a Trienal continuará, como sempre, a mostrar-nos o melhor desta manifestação artística, tão cosmopolita, universal e criativa.” refere Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Joana Gomes Cardoso, Presidente da EGEAC refere que “Nas circunstâncias excepcionais que vivemos é ainda mais importante não parar. É por isso com grande satisfação que voltamos a juntar esforços com a Trienal de Arquitectura para realizar uma nova edição da Open House Lisboa, reinventada, e com a água do Tejo como tema central. Um mote redentor e que nos faz olhar para a cidade com outros olhos, com o Tejo como o centro da cidade”.

“Viver em Lisboa envolve um olhar permanente sobre o Tejo e Almada, que assim fazem parte da cidade. A chegada a Lisboa a partir de Almada, seja de barco, automóvel ou avião, é inegavelmente das mais belas do mundo. Lisboa e Almada, com o Tejo ao centro, completam-se, são como um corpo com vários membros”, afirma José Mateus, Presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa

Vista do rio Tejo frente do MAAT com ponte 25 Abril em pano de fundo. Com luz de fim de tarde

Vista do MAAT sobre o rio Tejo ©Renata Macedo de Sousa

Lisboa foi a 13ª cidade a inscrever-se em 2012 no mapa do Open House Worldwide. Hoje esta rede reúne quase meia centena de cidades distribuídas por diferentes continentes, desde a América (do Norte e Sul), até África, Europa, Ásia e Oceania.”

Sobre Almada

Almada pertence à Área Metropolitana de Lisboa e insere-se no distrito de Setúbal. No último Censo de 2011, Almada caracteriza-se por ter uma população de 174 030 habitantes e um edificado composto por 101 619 habitações e 34 750 edifícios. A proximidade do rio constituiu desde sempre um factor determinante para a fixação de pessoas. Com 71km² concentra na sua linha costeira um vasto património industrial resultado da forte industrialização do final do século XIX, a par de um forte tecido fabril. A década de 60 fica marcada pela inauguração da Ponte sobre o Rio Tejo e pela expansão dos estaleiros navais da Lisnave.

Biografia do comissariado

A Baldios Arquitectos Paisagistas surge em 2012 como colectivo, na sequência da fusão do trabalho desenvolvido por 5 arquitectos paisagistas, em colaboração ou co-autoria com diversas equipas interdisciplinares. Dedica-se à produção de paisagem, quer sob a forma de estudos e projectos de arquitectura paisagista, quer através da sua investigação.

Abarcando várias influências e discussões, a investigação e a prática da paisagem são assumidas como um esforço conjunto de disciplinas profissionais envolvendo investigadores que se debruçam sobre o território e a cultura contemporânea. Neste sentido, a produção de paisagem deverá ser um acto anónimo ou colectivo, em que o resultado do trabalho da Baldios é a principal referência identitária.