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Trienal de Arquitectura de Lisboa

As nossas escolhas LINA

Ser membro LINA é uma oportunidade para envolver novos talentos e potenciar a circulação de pessoas com percursos diversos. A partir das apresentações dos 25 projectos seleccionados, a Trienal escolheu dois finalistas – uma arquitecta e editora eslovena e um arquitecto e artista natural de Lomé (Togo) que vive em França – para uma residência em movimento pelo território europeu entre a cidade onde vivem e Lisboa. Ambos vão empreender uma travessia terrestre a solo que serve de base a uma reflexão sobre arquitectura e paisagem enquadrada por noções de fronteira, fluidez, mobilidade ou património (tanto material como imaterial) e que dará suporte à criação de uma peça sonora ou audiovisual. 

Ajda Bračič inicia a sua viagem na pitoresca cidade de Ljubljana, a mais de 2000 km a voo de pássaro da capital portuguesa. Ajda foi escolhida pela experiência enquanto crítica e editora de cultura em vários meios de comunicação e pela ligação à escrita de ficção (em 2022 publicou uma colecção de contos). Sustentabilidade e reutilização adaptativa são alguns dos seus focos, centrados nas intersecções entre arquitectura, identidade e linguagem que existem nas técnicas, detalhes e saberes vernaculares de diferentes comunidades.

Tevi Allan Mensah, cuja prática de arquitectura e criação artística se divide entre os imaginários nos territórios fronteiriços e o potencial da arquitectura como meio de comunicação colectiva, parte de Lyon, situada a 1400 km de Lisboa. Allan Mensah co-fundou em 2019 o colectivo frontières* dedicado à edição em arquitectura, em 2022 co-criou um micro-festival de arquitectura, Balthazar e actualmente lecciona na cadeira de mestrado 'Utopie/Dystopie' na ENSA Lyon. 

Neste novo ciclo de intercâmbio, a Trienal de Lisboa aposta na criação de um formato de residência on-the-move, desafiando os modelos estabelecidos. Aqui, a viagem é a matéria-prima de um exercício de observação: atravessar fronteiras, vivenciar a diversidade territorial, reduzir distâncias e alargar limites são elementos-chave abordados num diário de viagem como ferramenta essencial para a formação contínua em arquitectura. À chegada a Lisboa, no final de Março, realiza-se um think tank que junta Ajda Bračič e Tevi Allan Mensah com profissionais locais e um debate público em torno dos resultados desta residência-viagem que integra o programa europeu de LINA — Learning, Interacting and Networking in Architecture.

Imagem © LINA