Trienal apoia Open House Maputo

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A capital de Moçambique é a segunda cidade em África – depois de Lagos, na Nigéria – a acolher um festival Open House, uma rede que começou no Reino Unido e se espalhou por todo o mundo através da cooperação de organizações culturais sem fins lucrativos para se tornar na maior celebração internacional da paisagem urbana.

A Trienal aceitou o convite lançado por Joana Vilhena de apoiar esta edição de estreia a 29 e 30 de Outubro de 2022, que conta também com o apoio do Instituto Camões. Para além de estar por detrás do OH Lisboa desde o princípio, a Trienal experimentou já em 2015 levar este formato até ao Porto, onde esteve envolvida nas duas primeiras edições.

O Open House Maputo, uma iniciativa da Open House Worldwide, celebra a diversidade do património que define esta cidade. A entrada na família OH atesta a riqueza da cultura, história e edificado da maior cidade e principal pólo cultural e económico do país. A arquitectura é reflexo disso, marcada pela mistura de influências africanas, europeias e asiáticas e com uma vasta herança vernacular, colonial, moderna e pós-independência até aos dias de hoje.

O património de Maputo conserva a influência portuguesa, presente em muitos edifícios ainda hoje utilizados, incluindo igrejas, edifícios administrativos e casas privadas. A cidade tem também exemplos paradigmáticos do período moderno, como torres de escritórios e serviços ou coloridos edifícios de habitação. Muitos destes incorporam também elementos tradicionais desta região de África, que fazem de Maputo uma cidade única e vibrante.

Apesar do elevado número de turistas que visitam Moçambique todos os anos, este evento é dirigido aos habitantes locais. A estreia contou com 4000 visitas, 20 espaços, 150 voluntários e 20 especialistas que partilharam o seu conhecimento nas visitas guiadas. Em paralelo, dois concursos para estudantes de arquitectura, um de fotografia e outro de maquetes, envolveram a futura geração de profissionais neste festival.