Open House 2024, onde as pessoas se sentem em casa
Para o festival ser vivido por toda a gente, a acessibilidade é uma prioridade. Juntámos esforços para fazer do Open House um laboratório de abordagens diferentes. Primeiro, concentrámo-nos numa dezena de espaços do Bairro Alto e oferecemos o acompanhamento personalizado de pessoas cegas. Nos locais disponibilizámos em permanência áudio-descrições feitas a partir da sensibilização dada pela Locus Acesso, para que pudessem escolher o seu itinerário e experienciá-lo em pleno. Outra aposta foram as visitas sensoriais tácteis a quatro espaços da EGEAC.* Daniela Esteves aceitou o nosso repto e, com o apoio do Fablab, construímos maquetas prontas para serem manuseadas. Como abraçamos esta missão o ano todo, munimos estas galerias e museus com os materiais produzidos e demos formação específica às equipas que lá trabalham.
Um momento alto fora de portas foi o passeio bilíngue pelo Bairro das Fonsecas e Calçada, com direito a intérprete de Língua Gestual Portuguesa. O percurso por Telheiras Sul, adaptado a pessoas com mobilidade condicionada e com a presença de uma embaixadora da Associação Salvador, ajudou a sensibilizar para a importância de um desenho inclusivo da cidade. Este ano, até as crianças se tornaram especialistas, guiando-nos por lugares onde são elas quem os conhece melhor, como a Escola do Castelo.
Obrigada a quem faz esta festa. Regressamos em Maio de 2025. Até já!
© emontenegro
* Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Atelier-Museu Júlio Pomar, Galeria Avenida da Índia e Galeria Quadrum.