Promovido pela Associação Centro da Terra, as mesas redondas tiveram como moderadores Ana Velosa (Universidade de Aveiro / Centro da Terra) e Vasco Moreira Rato (ISCTE – IUL) que procuraram promover o panorama da Arquitectura em Terra em Portugal quanto ao seu enquadramento legal e normativo, identificando as necessidades de informação e investigação neste campo. Cada dia foi dedicado a um tema: a 10 de Novembro discutiu-se a questão Térmica e no dia seguinte as Estruturas, explorando diversas questões, desde resistência sísmica à certificação energética. Com o objectivo de discutir os temas e encontrar soluções para implementação em projecto, o evento teve como principal foco descortinar os elementos para expor e defender a construção em terra dentro das normas e regulamentos em vigor, bem como encontrar uma proposta de correcção destas mesmas normas tendo em conta as características do material, técnicas e soluções construtivas.
Com sessões abertas, a presença de projectistas, construtores, investigadores e peritos foi fundamental. A par destes profissionais, foram convidados para a primeira sessão os arquitectos Gregoire Paccoud, Alexandre Ferreira, Jorge Fernandes e Miguel Mendes e os engenheiros Helena Corvacho, Patrícia Botelho e Vasco Freitas. Para a segunda, os arquitectos Rowland Keable, Alice Tavares, Mariana Correia e Miguel Rocha, e Aníbal Costa, Humberto Varum e João Miranda Guedes na frente da engenharia.
Dois dias de debate e cruzamento disciplinar para encontrar soluções e responder às questões que se têm levantado no último período de construção em território nacional.
É uma organização sem fins lucrativos que tem como objectivo preservar o património existente e promover a arquitectura contemporânea em terra. A Associação Centro da Terra surge como um ponto de encontro e convergência para quem estuda, pratica, implementa, pesquisa e se baseia nas técnicas de construção e materiais utilizados na arquitectura em terra. A recolha e partilha de conhecimentos e experiências permite melhorar e desenvolver a reabilitação de técnicas tradicionais de construção com terra bem como a adaptação às exigências actuais de conforto e segurança.