A 4 de Outubro de 2017, iniciou a 2ª edição Human Entities: a cultura na era da inteligência artificial que decorre até ao final de Novembro deste ano. Com entrada livre, este ciclo de conversa é organizado por CADA em parceria com a Trienal de Arquitectura de Lisboa.
À medida que carros autónomos surgem nas estradas públicas, exércitos de bots se envolvem em amargas guerras culturais, e sistemas de deep-learning ganham aos melhores jogadores humanos no poker e no Go, muita da exagerada propaganda em torno das máquinas inteligentes começa a soar verdadeira. A inteligência artificial está a entrar na vida quotidiana a um ritmo intenso e a velocidade do seu avanço surpreende até os seus criadores.
Mais do que com qualquer anterior tecnologia, a implantação de sistemas autónomos em complexos ambientes de dados está a desvanecer as fronteiras entre pessoas e máquinas. Artefactos tecnológicos já não são entendidos como meras ferramentas mas antes como agentes igualmente activos nas nossas relações sociais e parte integrante do substrato que está a redesenhar muitas formas de cultura. Bem gerida, a inteligência artificial pode ter um papel decisivo para o bem social. Mas é tudo menos neutra. As tecnologias de automatização correspondem a modelos do mundo que representam os valores e as assunções dos seus criadores – uma mão cheia de corporações com poderosos interesses económicos.
Como podemos garantir que estes novos modelos do mundo são reinseridos no discurso cultural e que permitem maior diversidade? Como podemos compreender as semelhanças e diferenças entre a inteligência humana e a das máquinas?
Acolhido no Palácio Sinel de Cordes, Human Entities é um ciclo de conversas focado na mudança tecnológica e nos seus impactos – nas formas como a cultura e a tecnologia se influenciam mutuamente. Human Entities 2017 é financiado pela Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa e NOVA LINCS, Universidade Nova de Lisboa.
4 de Outubro – Conversa #1
Porque importam as histórias: narrativas sobre inteligência artificial, risco existencial, e ciência.
Adrian Currie (NZ/UK), Professor no The Centre for the Study of Existential Risk, University of Cambridge, UK
18 de Outubro – Conversa #2
Imaginando o impacto da inteligência artificial
Gonzalo de Polavieja (ES/PT), investigador no Champalimaud Centre for the Unknown, Neuroscience Programme, Lisboa
8 de Novembro – Conversa #3
Quando é que a inovação não é realmente inovadora?
Izabella Kaminska (UK) - FT Alphaville, Financial Times, Londres
22 de Novembro – Conversa #4
Mark Coeckelbergh (BE/AT)
Cada conversa, é seguida de uma Q&A aberta ao público.