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PTEN
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Data
16 JUN 2021 - 17 JUN 2021
Horário
19:00
Local
Palácio Sinel de Cordes
Preço
Gratuita
Website
Co-Produção
Direção-Geral das Artes
Informação adicional
Debate 16 de Junho:

Organização: Samuel de Brito Gonçalves
Participantes: Álvaro Domingues, Helena Roseta, Joana Couceiro, Sónia Alves

Debate 17 de Junho:
Organização: Anna Puigjaner & Moisés Puente
Participantes: 
B+ & Lacol

Projecto da Terrassenhaus por Brandlhuber + © David von Becke

In Conflict

Debates de Lisboa

Em 2021, a Representação Oficial Portuguesa - In Conflict - que tem a curadoria do atelier depA, propõe aprender com processos caracterizados pelo conflito e confronto que questionam a problemática do habitar nas suas dimensões física e social através de uma exposição em Veneza e debates presenciais em Lisboa, na sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa; no Porto, no Mira Forum e em Veneza, no Pavilhão de Portugal.


É no pátio do Palácio Sinel de Cordes que acolhemos dois momentos para pensar e debater o papel da arquitectura enquanto disciplina artística, pública, política e ética.

Public Housing - No Silver Bullet
16 de Junho de 2021, 19:00

Com Álvaro Domingues, Helena Roseta, Joana Couceiro, Sónia Alves e moderação de Samuel de Brito Gonçalves

Que futuro para as políticas de habitação em Portugal? Este é um momento de desafios sem precedentes. Com a certeza de uma nova crise económica a assombrar esta década, as políticas de habitação pública tornam-se uma emergência nacional. Enquanto o problema da habitação cresce, novas estratégias e fundos públicos estão a ser desenhados para o corrigir. É crucial assegurar a implementação apropriada, evitando erros do passado e promovendo soluções flexíveis, adaptadas ao mosaico contraditório do território. É um desafio bem conhecido mas ainda não existe uma bala de prata.

Este é o sumário do debate Public Housing – No Silver Bullet, uma visão prospectiva para complementar os dados históricos e críticos da exposição In Conflict, apresentada no Pavilhão de Portugal na Biennale di Architettura.

Junta cinco participantes: Dois arquitectos conduzem a discussão, ao questionar (e provocar) três peritos de diferentes áreas – geografia, sociologia e política – de forma a esboçar princípios orientadores para uma nova e imperativa abordagem à habitação pública nacional.

A sessão inclui ainda a exibição do documentário Morada (23') que propõe um percurso cinematográfico pela arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal estudada no projecto de investigação "Mapa da Habitação". Através de um movimento contínuo numa morada fictícia, sugerem-se contextos e revelam-se alguns dos bairros e edifícios construídos pelos programas públicos de habitação entre 1910 e 1974. Realizado por Luis Martinho Urbano, pode aqui ver um dos teasers.

Participantes
Álvaro Domingues é geógrafo, doutorado em Geografia Humana, investigador e Professor na FAUP. Trabalhou com a Fundação Calouste Gulbenkian, a FCT e a Ordem dos Arquitectos, entre outros, em inúmeros projectos de investigação e publicações. Escreve regularmente para o jornal Público.

Helena Roseta, arquitecta, dedicou a sua vida à causa pública, trabalhando enquanto presidente da câmara, vereadora, deputada do Parlamento Português e representante de Portugal no Conselho Europeu. Foi Presidente da Ordem dos Arquitectos de 2001 a 2007. Conduziu algumas das mais importantes iniciativas públicas para a habitação e participação colectiva, como o BIP-ZIP no município de Lisboa (premiado como Boa Prática em Participação Cidadã, em 2013, pelo Observatório da Democracia Participativa), a Lei de Bases da Habitação (2019) e o Programa “Bairros Saudáveis”, em 2020.

Joana Couceiro é arquitecta, investigadora e professora graduada pelo Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (2005) e doutorada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2018) com a tese “Chiado e Estilo. A importância da noção de Estilo na construção do Chiado de Siza”. É professora assistente convidada na FAUP desde 2013, nas disciplinas de História Moderna da Arquitectura e orientadora de dissertações de Mestrado e teses de Doutoramento.É co-fundadora da editora, livraria e galeria Circo de Ideias (2008/2018). Na área curatorial sublinha-se também as cinco edições das noites PechaKucha do Porto (2008/2018) e a quinta edição da Open House Porto (2019). Autora de vários textos e artigos, é também co-autora de vários projectos, alguns dos quais publicados em principais jornais de especialidade.

Sónia Alves é investigadora bolseira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e investigadora visitante na BUILD – Department of the Built Environment, Aalborg University. O seu trabalho foca-se primariamente nos aspectos do planeamento comparativo e políticas de urbanismo e o impacto diferenciado das políticas de habitação sobre os grupos e áreas sociais dentro das cidades. Temas principais da sua pesquisa incluem a análise da relação entre pleaneamento e habitação; e também sobre a regulação de rendas e reabilitação habitacional nos sistemas habitacionais de Portugal e na Europa.

Luís Martinho Urbano (Coimbra, 1972) é arquitecto e professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP). doutorou-se na FAUP (2015) com a tese Entre Dois Mundos. Arquitectura e Cinema em Portugal, 1959-1974. É editor da revista JACK – Journal on Architecture and Cinema e autor do livro Histórias Simples. Textos sobre Arquitectura e Cinema (2013). Realizou as curtas-metragens Sizígia (2012, Prémio Especial do Júri, Festival Clermont-Ferrand, França, 2013), A Casa do Lado (2012), Como se desenha uma casa (2014) e o documentário Morada (2019). É director da Associação Cultural JackBackPack e vice-presidente da Fundação Marques da Silva.

Organização
Samuel Gonçalves é arquitecto graduado pela FAUP. Trabalhou no estúdio chileno ELEMENTAL enquanto membro da equipa do projecto Centro de Inovação UC (Santiago, Chile) e vários outros projectos de habitação social,l tal como o complexo de incrmento à habitação pública em Constitución, Chile. Em 2015 fundou o seu próprio estúdio – SUMMARY – focado na arquitectura préfabricada. Está actualmente a desenvolver o projecto público de 25 casas de baixo custo em Arouca, Portugal, de forma a enfrentar o aumento exponencial dos preços de mercado da habitação privada. O seu trabalho foi exposto em diversos eventos, tais como a La Biennale di Venezia (2016), a Sociedade de Arquitectos de Boston (2019) e no Centenário Bauhaus (2019).

Domestic Matters
17 de Junho de 2021, 19:00

Com B+ & Lacol
Moderação de Anna Puigjaner & Moisés Puente 

A precariedade sob a qual a vida contemporânea assenta potenciou diferentes tipos de proeidade, relações sociais e sistemas de gestão. Domestic Matters é um evento de um dia no qual estão à conversa duas práticas arquitectónicas, LaCol e Brandlhuber+, com o objectivo de estabelecer um debate sobre as realidades domésticas contemporâneas, os seus conflitos e possíveis futuros.

Pode ver aqui o registo vídeo (em inglês).

Participantes
LaCol é uma cooperativa de arquitectura estabelecida em 2009 no bairro de Sants, em Barcelona. O seu trabalho parte da arquitectura face à transformação social, usando a arquitectura como ferramenta de intervenção crítica nos ambientes que lhes são mais próximos. A LaCol estabelece a sua actividade num sistema horizontal de trabalho, actuando a par da sociedade, com a justiça e a solidariedade em mente. 

B+
Brandlhuber+ é uma prática colaborativa fundada em 2006 por Arno Brandlhuber em Berlim. Dedica-se à ideia de colaboração com outras práticas, disciplinas e indivíduos. O seu trabalho inclui projectos de arquitectura e investigação, exposições, publicações e intervenções políticas. Em resultado das reflexões sobre os parâmetros de mudança que conduzem e modelam o seu trabalho, entre a prática e a teoria, o gabinete está actualmente em transição para se tornar B+. Recebemos Arno Brandlhuber em Lisboa em 2019 para uma conferência de Distância Crítica, a convite da Trienal.

Organização
Anna Puigjaner é arquitecta, membra fundadora do atelier de arquitectura MAIO em Barcelona. É professora associada na Universidade de Columbia. A sua investigação sobre a ‘Kitchenless City’ recebeu o prémio Wheelwright da Universidade de Harvard em 2016.

Moisés Puente é arquitecto e editor espanhol. Integrou o comité editorial da revista Quaderns d’Arquitectura i Urbanisme, fez parte da editora Gustavo Gili enquanto editor e director da revista 2G. Dirige a Puente Editores.