"Estamos a entrar rapidamente numa nova era que não será medida pelo número de utilizadores, dispositivos, ou ligações. O que está a mudar o mundo, profundamente, é o valor que essas ligações tornam possível. Quando ligámos os primeiros 500 milhões de dispositivos à Internet, parecia que estávamos a remodelar as nossas vidas. Mas agora estamos à beira de uma transformação que liga tudo à Internet. Auto-estradas, edifícios, quintas, satélites, painéis solares, carros, pacotes de leite, vacas... tudo". — Wired.com
Um encontro à porta fechada para abrir caminho ao conjunto de mudanças e propostas provocadas pela extensão da internet para fora dos ecrãs: foi assim que a 20 de Maio, diversas organizações e entidades se juntaram no Palácio Sinel de Cordes para uma discussão sobre estes temas com vista a possíveis colaborações, projectos e mais conversas. No salão nobre, Internet of Things foi um encontro entre a stress.fm, a Osso - Associação Cultural, as Oficinas do Convento, os CADA, a LEDs and Chips e o altlab, com a participação da Trienal.
O tema desta conversa tem como origem o Estado da Internet, ou seja, o sistema de dispositivos informáticos inter-relacionados, as máquinas mecânicas e digitais fornecidas com identificadores únicos e a capacidade de transferir dados através de uma rede sem necessidade de interacção de humano para humano ou de humano para computador. Esta discussão permanente e actual é um tema explorado por muitas revistas da especialidade, cientistas e diversas personalidades, com abordagens diversas e reflexões distintas sobre a mesma:
"A ligeira ironia de "Internet das Coisas" é que as coisas estão frequentemente ligadas através de protocolos M2M (máquina a máquina) e não da própria Internet". — TechCrunch
"Eles gostam do slogan "Internet das Coisas" porque soa pacífico e progressivo. Disfarça a luta épica sobre o poder, o dinheiro e a influência que vem a seguir". — Bruce Sterling
"A nossa capacidade de utilizar a cidade à nossa volta, a nossa flexibilidade ao fazê-lo, quem é capaz de o fazer, será moldada pelas decisões tomadas sobre a concepção técnica dos objectos e as suas interfaces humanas, e as formas precisas como esses objectos são ligados uns aos outros e tornados visíveis para a rede". — Adam Greenfield