Fictional Forests é uma instalação Sonora e Novos Media. Uma espécie de Ready-made natural, onde a sala de exposição se torna uma incubadora de experiências sensoriais com organismos vivos, que através de uma nova observação, assume formatos acústicos inesperados. Ao partir de um estudo botânico de campo em que o artista colabora com produtores nacionais, espécimes de plantas vão ser escolhidas de acordo com as suas características acústicas, e posteriormente transplantadas para um novo espaço enquanto elementos mecânicos de uma instalação eletroacústica.
Cada exemplar encontra-se em rotação constante, interagindo fisicamente com o próximo - uma espécie de representação ficcional da troca entre copas de árvores numa floresta. Esta obra de grande escala cria um espaço de movimento e amplificação entre caos e controle, onde o resultado sonoro é fruto do contacto físico entre corpos orgânicos e frágeis. As frequências resultantes deste processo são amplificadas em tempo real, num processo simples e inteiramente analógico de processamento directo.
Com entrada livre, o festival Lisboa Soa integra o programa Lisboa na Rua / EGEAC e acontece no âmbito da Lisboa Capital Verde num programa que propõe uma (re)descoberta da cidade pelos ouvidos num ano particularmente marcado pelo silenciamento forçado das nossas cidades, em que a escuta ganhou novos horizontes.
O Lisboa Soa é um festival de arte sonora ambiental que trazer ao debate a importância do som no planeamento urbano, da escuta e no papel da arte sonora para estimular um sentido que é pouco valorizado pela vida contemporânea. Não é apenas o ruído que nos ocupa, mas o som no sentido lato. O som como recurso para entender o ambiente, o som como unificador e espaço partilhado, o som como elemento identitário dos lugares que habitamos, o som como elemento de fruição estética e prazer.
De entrada livre, o festival Lisboa Soa acontece anualmente em Lisboa desde 2016, integra o programa Lisboa na Rua / Egeac. Em 2020, a 5ª edição acontece no âmbito da Lisboa Capital Verde e propõe uma (re)descoberta da cidade pelos ouvidos num ano particularmente marcado pelo silenciamento forçado das nossas cidades, em que a escuta ganhou novos horizontes.
Gil Delindro é um artista com amplo reconhecimento internacional na área dos Novos Media e Arte Sonora que tem vindo a destacar-se pela investigação sobre elementos orgânicos e processos efémeros na natureza. A sua prática interdisciplinar é baseada em filme documental, instalação, performance e pesquisa e é orientada para temas como bioacústica, ecologia, antropologia e geologia. As suas instalações utilizam tecnologias sonoras para traduzir mudanças em estádios da matéria, como solo, água e detritos geológicos, trabalhos que se baseiam em transfigurações acústicas e orgânicas.
O seu trabalho tem por base a pesquisa em territórios muito distintos, onde se destacam o deserto do Sahara “Twom 2015”, florestas do Brasil “Resiliência2017”, Sibéria “ Permafrost 2018”, Vietnam Rural “Blind Signal 2019” e o Glaciar do Rhone ”La Becque 2019”. Em 2016 foi seleccionado pela SHAPE como um dos artistas sonoros mais inovadores da Europa. Tem sido comissariado por festivais de referência como MusikProtokoll (AU), Novas Frequências (Brasil), Cynetart (DE), Athens Digital Arts Fest (Grecia), ARS Eletronica (Linz), Semibreve (Braga), entre outros. Recebeu prémios e mecenato de um conjunto alagado de instituições como EMARE (European Media Art Award), ENCAC (Rede Europeia de Criação Audiovisual), EDIGMA (prémio Semibreve), Fundação Gulbenkian (Pt), Berlin Senate for Kultur and Europa (DE), Goethe Institute (DE), VARC (Visual Art for Rural Communities), Rivoli (Teatro Municipal do Porto). O seu trabalho tem sido aclamado imprensa internacional - ORF1 (Áustria), Musikworks (CA), SHAPE(EU), NEURAL mag(IT), “The Quietus” (UK), sendo referido em 2018 como um dos mais prolíficos artistas a trabalhar no cruzamento entre arte e bio design pela revista japonesa Boundbaw. Foi convidado para o BADaward 2017, “Biological Clocks of the Universe” Holanda, sendo finalista do prémio da edição 2018. Tem participado em várias exposições individuais, onde se destacam “ A grain within this Cloud of Dust” GalleryimTurm, Berlin, “Permafrost” LAboral, Gijon, “Rhone” La Becque, Suiça, assim como em mostras colectivas, a mais recente ainda patente na Galeria Bridge Projects em Los Angeles (EUA), “To bough and to Bend”.