MENU
PTEN
Trienal de Arquitectura de Lisboa
Data
02 OUT 2025 - 08 DEZ 2025
Local
Vários espaços na cidade
Edição
Equipa
Curadoria: Territorial Agency

O Delta do Nilo, a azul a subida do nível médio do mar com um aumento de 2°C acima dos níveis pré-industriais, dados Sentinel. Territorial Agency: Oceans in Transformation, 2020

2025

How Heavy is a City?

Quão pesada é uma cidade? Esta questão é o ponto de partida da investigação de três anos lançada pela 7.ª Trienal sobre o complexo conjunto de transformações contemporâneas da cidade e do seu contexto, revelando uma nova configuração emergente com uma magnitude planetária. Para dar sentido a estas transformações e compreender as agências que as sustentam, é necessária uma reassemblagem da arquitectura e do significado de construir um território colectivo. 

A próxima edição da Trienal quer abrir um espaço público de aprendizagem, experimentação, curiosidade, inquietação, debate, entusiasmo, indignação, especulação, transgressão, imaginação e acção sobre os futuros possíveis da coabitação. How heavy is a city? explora formas emergentes de cooperação e mutualidade, estabelecendo uma nova unidade para avaliar a arquitectura e reformular o seu papel enquanto motor de debate.

Três open calls

Lançámos o call de Projectos Independentes que está aberto a intervenções urbanas, conteúdos online, workshops, performances, exposições, entre outros. O pólo cultural da Trienal é um dos espaços de acolhimento, seleccionando-se até 12 propostas auto-financiadas nas áreas da arte, ciência e arquitectura. Até 20 de Janeiro de 2025. Regulamento aqui.

O Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium bcp destina-se a trazer ideias inovadoras que fervilham nas escolas (mestrados), centros de investigação e programas pós-académicos de todo o mundo. Uma selecção de propostas vão integrar as exposições centrais a par de uma publicação online. As candidaturas estão abertas até 3 de Fevereiro de 2025 aqui

O Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp é dedicado a promover formas de pensar que tragam uma nova expressão à disciplina. Sem taxa de inscrição, são elegíveis candidaturas de ateliers, colectivos ou individuais. Este ano, a idade aumenta para 40, convidando-se cinco finalistas para uma conferência durante a 7ª edição. Candidaturas abertas até 24 de Fevereiro de 2025.

2 Outubro — 8 Dezembro 2025
Abertura: 2 — 4 Outubro

Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, fundadores da Territorial Agency, são a equipa de curadoria geral, conduzindo uma investigação sobre as dimensões espaciais das transformações que marcam o Antropoceno, colocando questões de concepção, governança, acção e proposição. A 7.ª Trienal actua como congregadora, envolvendo uma vasta equipa de peritos da ciência à filosofia ou às artes que participam desde o princípio num programa ramificado em três linhas de investigação – Fluxes, Spectres e Lighter – cada uma delas resultando numa exposição, capítulo do livro e sessão de debate.

Messy Studio em Lisboa 

13 a 15 de Abril de 2024

Personalidades de referência na arte, filosofia, geologia, economia, arquitectura e urbanismo reúnem-se para explorar a nova dimensão planetária dos espaços humanos contemporâneos. Este encontro confronta múltiplos pontos de vista disciplinares para idealizar caminhos para uma transformação da tecnosfera que seja de alta energia e elevada reciclagem.

A sessão pública de exibição do filme Alpi com a presença do realizador Armin Linke dá o mote a uma conversa para ampliar a reflexão em curso. O filme mostra os Alpes como local-chave, devido à sua delicadeza e importância ambiental, onde se podem observar as complexas relações sociais, económicas e políticas. Na Europa contemporânea, a cordilheira, símbolo de um imaginário turístico, é um viveiro das promessas da modernidade e das suas ilusões. 

Messy Studio em Veneza  

15 de Setembro de 2023 

A Trienal 2025 arranca com um debate aberto com especialistas da arte à arquitectura, ciência, tecnologia e humanidades – junte-se à discussão.  

Fluxes

Compostas por quase 30 biliões de toneladas de materiais, as cidades globais são um emaranhado intrincado de estruturas em constante mutação, sistemas geometricamente complexos e ambientes espacialmente dispersos. São dispositivos que moldam energia, informação e fluxos materiais que se acumulam ao longo do tempo e se fundem no exoesqueleto duro das sociedades humanas.

Este processo dinâmico pode ser abordado investigando a base material da arquitectura, as suas complexas construções, alicerces, armaduras, fissuras, modelos, juntas, erosões, desgastes, renovações, interligações. A contagem e a medição estiveram sempre no centro da arquitectura da modernidade. Os fluxos de energia, material e informação que moldam as entidades das quais dependemos para a manutenção da habitabilidade precisam agora de ser reavaliados. Como recalibrar as nossas medições para captar as novas figuras que moldam a vida na Terra nestes tempos instáveis?

Spectres

Em Spectres, How heavy is a city? torna-se uma questão que coloca a arquitectura como objecto e método de investigação dos desafios do caos climático: é o objecto exposto e investigado nas suas configurações materiais, e é através da arquitectura que avançamos sobre a questão da expansão da cidade contemporânea para todos os territórios existentes que ela atravessa.

A transformação daquilo a que costumávamos chamar a cidade é inextricável tanto das tecnologias imaginais que orientam a extracção – detecção remota, imagens térmicas, radar, sonar, lidar – como dos territórios fantasma de onde emanam energia e materiais que sustentam o capitalismo logístico contemporâneo: mineração, desflorestação ilegal, rápida urbanização, subida do nível do mar, destruição de florestas tropicais e glaciares, remodelação da mobilidade humana e segurança. Como imaginar ritmos de mudança diferentes e diversificados no ambiente construído e na biosfera?

Lighter

No início da última década, a China utilizou mais betão em dois anos do que os EUA ao longo de todo o século XX. Ao mesmo tempo, os padrões de produção da arquitectura contemporânea estão a tornar-se cada vez mais insulares, com poucas coligações com as múltiplas outras formas de conhecimento sobre as complexas transformações urbanas. A arquitectura voltou-se em grande parte para soluções individuais, intervenções ad-hoc e uma atenção preeminente aos espaços fechados onde as mudanças ocorrem.

Lighter é uma exposição que explora as possibilidades de infecção, de desvio, de não seguir as trajectórias impostas pela rápida aceleração do Antropoceno. Como imaginar uma agência quando a magnitude das actividades humanas fez das estruturas materiais que habitamos um sistema que se auto-organiza, onde somos apenas um componente e não o seu principal vector?

Talks

A Trienal 2025 é palco de um intenso programa de conferências e debates desenhado a partir das três linhas de investigação: Fluxes, Spectres e Lighter. Especialistas internacionais de muitas disciplinas dialogam e partilham com o público o seu trabalho. Durante cada sessão, é convocado um espaço comum para descobrir ideias audazes e fomentar investigação, culminando com uma drink&talk, um encontro informal e irreverente para o confronto de perspectivas entre painel e assistência.

Projectos Independentes

Mais uma vez, a Trienal associar-se-á a iniciativas locais e internacionais, acolhendo projectos independentes no programa e albergando parte no Palácio do Sinel de Cordes. Ao apoiar estes eventos, ajudando a co-produzir e a divulgar as suas actividades, a Trienal reafirma o compromisso de ouvir vozes emergentes e de envolver outras iniciativas. Para tal, será lançada uma open call para seleccionar as exposições, workshops, palestras, concertos e actividades independentes que farão parte da Trienal 2025.

Prémios

Em 2025, a trilogia de Prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp regressa para celebrar conquistas em diferentes trajectórias profissionais em arquitectura. O Prémio Carreira distingue ateliers ou pessoas no activo cujas obras e ideias têm um profundo impacto na prática e pensamento arquitectónico contemporâneo. O Prémio Début impulsiona o crescimento criativo, intelectual e profissional de talentos emergentes numa fase inicial e está aberto a jovens ou ateliers com uma idade média inferior a 40 anos. Escolas do mundo inteiro podem participar no Concurso Prémio Universidades através de uma open call internacional que celebra a experimentação, inovação e produção de conhecimento à escala mundial.

Curadoria

Territorial Agency combina arquitectura, ciência, arte, activismo e acção para promover transformações territoriais abrangentes na era do Antropoceno. Em 2021, recebeu o Grande Prémio da Comissão Europeia STARTS Prize 2021, dedicado a projectos interdisciplinares.

Fundada por John Palmesino e Ann-Sofi Rönnskog, docentes na AA Architectural Association School of Architecture, Londres, onde desenvolvem uma investigação sobre as transformações da orla costeira europeia e o iminente paradigma planetário da tecnosfera.

Projectos recentes incluem Sensible Zone na Bienal de Veneza, Bienal de Arquitectura e Urbanismo de Seoul, Barbican Londres, Bienal de Varsóvia; Oceans in Transformation, comissionado pela TBA21-Academy, em colaboração com ZKM Critical Zones e a Bienal 20 de Taipei; Museum of Oil com a Greenpeace, ZKM Reset Modernity e Bienal de Arquitectura de Chicago; Anthropocene Observatory com Armin Linke e Anselm Franke na HKW Berlin, BAK Utreque e na colecção do Centraal Museum Utreque.