Primeira apresentação do programa da Trienal 2022 no coração de Lisboa
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, fez a abertura, destacando «a capacidade da arquitectura de se envolver nas soluções dos desafios que temos hoje», como o desafio «supra-nacional» do combate às alterações climáticas, liderado pelas cidades. A intervenção terminou com a citação livre do urbanista dinamarquês Jan Gehl, «primeiro as pessoas, depois os espaços e no fim os edifícios.»
José Mateus, presidente da Trienal advogou que a humanidade deve empenhar-se em reflectir sobre o legado que quer deixar às gerações vindouras e “recuperar uma relação mais harmoniosa com o planeta que habita”, frisando que “Lisboa deve empenhar-se e ambicionar tornar-se uma referência mundial a nível ambiental.”
A equipa da Trienal e a curadoria geral da 6.ª edição apresentaram de seguida o programa e as suas novidades. O programa Terra que é composto por quatro exposições, quatro livros, três prémios, três dias de conferências e dezasseis Projectos Independentes, propondo uma reflexão em torno do futuro da ecologia em arquitectura.
Em 2022 os Prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp que abarcam as diferentes fases na vida profissional em arquitectura ganham novas dimensões: o Concurso Prémio Universidades foi alargado a estudantes de mestrado e pessoas da área da investigação para a produção de conhecimento em, para e sobre arquitectura e nesta chamada foram recebidas 111 propostas, envolvendo 46 instituições académicas de 22 países; o Prémio Début, destinado a galardoar um atelier de arquitectura ou jovem profissional, aumenta o seu valor pecuniário de 5 mil para 10 mil euros; e o Prémio Carreira prossegue o reconhecimento da relevância do trabalho em arquitectura, não numa óptica de balanço ou retrospectiva, mas sim numa perspectiva de futuro, salientou Manuel Henriques, Director Executivo da Trienal.
O evento foi ainda ocasião para anunciar o conjunto de Projectos Independentes que sobem ao palco, com formatos que vão desde exposições, seminários, workshops e conversas até instalações em espaço público. Dez destes dezasseis projectos seleccionados são acolhidos no Palácio Sinel de Cordes, o pólo cultural da Trienal.
Com curadoria geral de Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, dupla fundadora do atelier CVDB, a Trienal 2022 regressa em vários espaços culturais da capital de 29 de Setembro até 5 de Dezembro com uma extensa programação focada na forma como a disciplina pode contribuir para a sustentabilidade da vida nas cidades.
O lançamento nacional da 6.ª edição, que encheu a Sala do Arquivo da CML, foi partilhado com a rede de parcerias que se associa, a quem agradecemos publicamente todo o envolvimento salientando a sua importância para a concretização de um fórum internacional com esta escala.
Convidamos a espreitar a reportagem fotográfica desta apresentação que terminou com uma experiência gastronómica inspirada no tema Terra.
Saber mais sobre o programa Terra.