Uma instalação colectiva reúne intervenções de seis equipas de artistas, profissionais e curadorias oriundas de instituições culturais europeias para celebrar o legado do Pavilhão Mies van der Rohe. Pavilion Cross-Occupancies converte o este ícone da arquitectura moderna num microcosmos da relação entre a experiência humana e o mundo natural. As obras apresentadas reflectem cada carácter local de origem, para um diálogo entre a aparente universalidade deste edifício e temas como manutenção, cuidado e refúgio.
Sob o título Listening to Care, a Trienal de Lisboa convidou a artista Sara Morais a conceber a peça sonora Onde Começa a Visita? que invade o pavilhão com um audioguia multilingue e convida visitantes a perderem-se entre sons, vozes e línguas de quem cuida diariamente deste espaço.
Em português – Onde começa a visita?
Em inglês – Where does the visit start?
Em catalão – On comença la visita?
Em castelhano – ¿Donde empieza la visita
Sábado, 17 de Fevereiro
11h — Inauguração e apresentação das autorias
12h — Audição colectiva de Listening to Care
13h — Debate sobre os recursos naturais: At the Beach + Nature Morte
16h — Performance de Argita Prifti: Oda Mediterra
17h — Performance de Pari Banu Asgar: Queer Deities in Migration
Domingo, 18 de Fevereiro
11h — Apresentação das autorias
12h — Audição colectiva de Listening to Care
12h30 — Mesa redonda Pavilion 13
A instalação Pavilion Cross-Occupancies faz parte do projecto New Temporality, apoiado pela Comissão Europeia e que reune sete instituições. O programa colectivo desenvolvido entre 2022 e 2025 tem como missão construir uma plataforma continental que documente, investigue e valorize temporalidades partilhadas, bem como reflectir sobre noções de permanência e estabilidade associadas à dimensão espacial da arquitectura.
O primeiro contacto do consórcio com a cidade de Barcelona foi proporcionado através de uma viagem de cooperação de 19 a 25 de Outubro de 2023. O programa incluiu sessões de trabalho e visitas exploratórias a organismos e colectivos locais que trabalham os recursos urbanos da capital catalã com o objectivo de impulsionar a criação de conteúdos da exposição colectiva Pavilion Cross-Occupancies.
Cada agente cultural convidou posteriormente pessoas do campo das artes, arquitectura, ou curadoria para desenvolver uma intervenção (incluindo performance ou instalação) usando o pavilhão desenhado pelo arquitecto alemão enquanto recurso vivo e em mutação a ser habitado e transformado temporariamente. O resultado reflecte também a bagagem e experiência trazidas pelas instituições participantes, com ênfase nas relações de similitude entre os contextos locais e Barcelona.
A par do tour promovido pela Fundació Mies van der Rohe, a viagem permitiu ainda planear o próximo ciclo programático, no rescaldo do Messy Studio realizado no Pavilhão da Georgia na 18ª Bienal de Arquitectura de Veneza, também no âmbito do programa.