Jardim Botânico Tropical

Criado em 1906 como dependência pedagógica do antigo Instituto de Agronomia e de Veterinária, começou por chamar-se Jardim Colonial. Em 1912, é transferido da Quinta das Laranjeiras para a cerca do Palácio de Belém, dada a necessidade de ampliação do espaço. Passa a ocupar um lugar da cidade que havia sido das antigas quintas e casas de recreio da nobreza portuguesa dos séculos XVI a XVIII. Desta memória persistem alguns edifícios marcantes para a envolvente do jardim, nomeadamente a Casa do Fresco e o Palácio dos Condes da Calheta. Entendido como um laboratório ao ar livre, trata-se de um magnífico repositório que desenvolve e assegura a manutenção de colecções de plantas vivas das zonas tropicais e subtropicais. Merecem ainda destaque as imponentes estruturas metálicas que definem as estufas e as peças da escultura italiana do século XVIII que pontuam o jardim. Integra ainda um património artístico e cultural notável que compreende vários edifícios e peças estatuárias construídas para a Exposição do Mundo Português, que em 1940 teve aqui um importante pólo de actuação denominado de Secção Colonial. Em 2007, foi classificado como Monumento Nacional e integra a Universidade de Lisboa desde 2015, sendo actualmente gerido em conjunto com o Museu de História Natural e da Ciência e o Jardim Botânico de Lisboa.