Palácio da Ega – Arquivo Histórico Ultramarino

O núcleo primitivo do palácio, hoje ocupado pelo Arquivo Histórico Ultramarino, remonta ao século XVI. O Salão Pompeia é o que maior interesse desperta, uma ampliação do século XVIII classificada em 1950 como imóvel de interesse público. A forma concêntrica, iluminada por janelas rectangulares com vista para os jardins, remete para as funções de outrora – sala de música, baile, convívio e lazer. Ricamente ornamentado, tem nas paredes oito painéis de azulejos que representam importantes cidades portuárias europeias. Ligado à família Saldanha, o palácio teve obras de embelezamento promovidas pelo 2.º conde da Ega, Aires José Maria de Saldanha. Durante as invasões francesas, foi palco de festas com a presença do general Junot, amigo do proprietário. Na mão do Estado desde 1919, foi remodelado em 1931 para albergar o Arquivo Histórico Colonial. É fascinante a forma como o palácio se adaptou a uma função de carácter metódico e repetitivo.